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Resenha | Quando O Vento Sumiu

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Livro: Quando o Vento Sumiu
Autor (a): Graciela Mayrink
Páginas: 264
Editora: L&PM Editores
Classificação:     
Sinopse: Suzan, Mateus e Renato parecem três jovens como outros quaisquer do Rio de Janeiro. Suzan estuda Turismo. Renato e Mateus, Engenharia Civil. Os três são amigos desde o colégio e, apesar de muito diferentes, são inseparáveis. Mas, entre aulas, festas, momentos em família e idas à praia, cada um deles enfrenta seus problemas. Desde que o pai foi pego dando um golpe, Mateus vive só com a mãe, marcado por esse acontecimento. Renato é um garoto rico que resiste às pressões do pai para surfar menos e se interessar mais pela construtora da família. Suzan é apaixonada por Renato e sofre por ser considerada apenas uma amiga – e pela pressão da mãe para que se envolva com ele. 


No correr dos dias, a amizade dos três se transforma sutilmente. Suzan deve se declarar ao amigo, ou tentar ser feliz de outro modo? Mateus terá realmente só a amizade para lhe oferecer?Renato deve se render à pressão paterna e se aplicar mais aos estudos? E até que ponto a relação dos três suportará o desgaste do tempo? 

Embora tenham toda a vida pela frente, logo descobrirão uma dura lição: algumas escolhas têm consequências duradouras e alteram o curso de toda uma existência. Muitas coisas saem diferente do desejado. O difícil é prever o resultado de nossas opções e conviver com elas no futuro. 

E se você pudesse voltar atrás e escolher outro final para a sua história? Que escolha você faria diferente?


Oi gente! Esse é o 2º livro da Graciela que eu leio, primeiro eu li Até Eu Te Encontrar e agora este. Uma história de amor diferente, um pouco triste, mas muito delicada. A princípio parece aquele velho clichê: Mateus que amava Suzan que amava Renato que amava todas, aí você fica esperando por aquele momento que Suzan vai se decepcionar com Renato e descobrir a maravilha que é Mateus ou que Renato vai perceber a maravilha que é Suzan, sobrando para Mateus alguém que apareceria de consolação. Mas é aí que Graciela nos surpreende, ninguém descobre de repente a maravilha que é ninguém, não existe uma decepção, um fato extraordinário ou qualquer coisa assim que mude o rumo dos personagens. O que acontece é uma tomada de decisão, um momento de reflexão onde é feita uma escolha daquilo que tem tudo para dar certo.

Ou seja, não é nada passional ou mágico ou milagroso, é racional! E eu amei isso!

Talvez não seja isso que nós procuramos em romances, talvez não seja isso que nós procuramos na vida, sempre buscamos o fogo, a mágica, a explosão, mas com certeza é esse tipo de postura muito mais inteligente que deveria servir de exemplo. Por que buscar o fogo da paixão quando se tem ao alcance um amor verdadeiro, companheiro, cheio de carinho e que só nos faz bem? Por que escolher o que nos magoa e machuca quando podemos escolher o que nos realiza e nos coloca pra cima?

Ela não nos propõe uma solução fantástica, fácil, sem dúvidas. Ela propõe uma escolha sofrida, difícil, assim como é a vida! E eu achei isso muito legal mesmo.


Além da história de amor, acompanhamos os personagens em seus dramas familiares e seus sonhos profissionais. Graciela volta ao universo universitário, coisa que ela faz muito bem, mas dessa vez com menos ênfase na vida do campus.

Logo no prólogo, nós ficamos sabendo que Suzan e Renato não ficaram juntos, ambos se encontram depois de anos sem se ver numa cafeteria na Alemanha. Ficamos logo de cara sabendo que as coisas não acabaram bem para eles,e a ausência da menção de Mateus, dá a entender que ele também está afastado. Então não tem como você não ler pensando que houvesse o que fosse, de um jeito ou de outro tudo acabaria mal. Eu achei que Suzan magoaria Mateus, achei que Mateus morreria, que Renato faria alguma coisa errada com Suzan ou com Mateus, pensei em diversas desgraças durante o livro. Tudo isso me fez ficar triste enquanto lia, torcer para um final feliz que você já sabe que não iria acontecer é pesado. Mas a escrita é leve e fácil, então você vai lendo que nem louca para descobrir o que aconteceu com eles.

E aí Graciela nos brinda com 2 finais! O que vocês fazem nessa situação? O primeiro é o que vale? Você escolhe o que você mais gostou? Você escolhe o mais plausível? Dúvidas!!! Mas eu odiei o primeiro final e adorei o segundo! Então varri da minha mente a existência do primeiro, simples assim!

Por favor Graciela, não faz mais isso comigo! (momento smile suplicante) rs Mas eu amei o livro, indico ele para todo mundo!

Aviso de spoiler

Para quem já leu, não posso deixar de levantar uma questão, se vocês fossem o Renato, com 19 aninhos, teriam agido diferente? Eu tenho um filho nessa idade e acho que se tivesse o dinheiro da família do Renato faria o mesmo, ou algo semelhante, apesar que acho que bancaria o advogado, acreditaria na inocência. E lembrando de mim nessa idade, acho que estaria muito assustada para ser mais honrada, ou não? Não sei! De qualquer jeito, não fiquei com raiva do Renato.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! 

Beijo


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