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Resenha| A voz do Arqueiro - Mia Sheridan

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Livro: A voz do Arqueiro
Autor (a): Mia Sheridan
Páginas: 336
Editora: Arqueiro
Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥

 Sinopse: Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Baseado na mitologia de Sagitário, A voz do arqueiroé uma história sobre o poder transformador do amor.
Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar.
Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde.
Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda.
Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.

Olá people!! Tudo bem?? Espero que sim!! Eu estou muito bem, principalmente depois de ter lido uma história tãaaaao linda quanto essa que vamos falar hoje. Assim que terminei A voz do Arqueiro pensei: preciso resenhar esse livro. E aqui estou eu, tentando encontrar a melhor forma de passar nesta resenha, pra quem vai ler, toda a beleza e alegria que essa história deixou no meu coração. Com certeza essa história vai ficar marcada em mim, pois tem uma leveza nas palavras e uma demonstração do quanto o amor pode ser puro e verdadeiro para aqueles que acreditam que vale a pena amar e ser amado mesmo com tantos obstáculos que a vida nos impõe. 
A narrativa é por vezes alternada pela "mocinha" Bree Prescott e outras pelo "mocinho" Archer Hale e é com a narrativa dele que a história começa. Archer, quando tinha apenas 7 anos, nos contando o quanto já sofria com a violência do pai que bebia e descontava na mãe. Vendo que entre a mãe e seu tio, irmão do seu pai, há algo mais que um simples parentesco.
Depois, conhecemos Bree (nos tempos atuais), alugando um chalé numa pequena cidade, pois sofreu um grande trauma na sua cidade natal, quer deixar tudo pra trás e viver uma nova história. Não demora muito pra esbarrar no calado Archer. Logo nesse primeiro contato, Bree percebe algo diferente e misterioso pois ele não a dirigiu nem uma palavra enquanto ela desandou a falar. Ao procurar saber mais desse homem que tanto a intrigou, não demora pra descobrir que Archer é praticamente uma pessoa invisível na cidade que vive desde que nasceu. As pessoas não mantém nenhum tipo de relação com ele e ele tão pouco faz questão de ser percebido. O pouco que sabem é de sua tragédia familiar: perdeu pai, mãe e seu tio no mesmo dia. Dia em que também não pôde mais falar, perdeu sua voz pra sempre. Passou a viver com seu outro tio que era visto como uma pessoa que "não batia bem da cabeça" e assim, transferiram esse pensamento para Archer.
-- Hum... agora que estou pensando a respeito, foi mesmo uma situação muito triste a do menino Hale. Às vezes, em cidades pequenas, pessoas que sempre estiveram presentes... acabam fazendo parte do pano de fundo, eu acho. Na ânsia de deixar a tragédia para trás, talvez Archer tenha sido deixado de lado também. É uma pena...
Bree não consegue deixar de pensar na historia desse, até então, desconhecido. Mesmo achando que vai ficar na cidade por um período pequeno, arranja um emprego na lanchonete, conhece as pessoas que ali vivem e continua buscando novas informações sobre Archer. O fato é que aos poucos ela vai diminuindo essa barreira que Archer mantém com o mundo e os dois vão construindo uma amizade. Por coincidência, o pai de Bree era surdo e ela conhecia a língua dos sinais o que facilitou sua comunicação com Archer. Os momentos que os dois estão se conhecendo são liiiindos e a autora transcreve de uma maneira bem delicada as novas descobertas de Archer em coisas do cotidiano que ele não tinha o menor contato. Mia Sheridan foi muito feliz no modo como escreveu, pois conseguiu passar vários momentos de emoção. Simplesmente lindo.
E a emoção não fica só aí. Aos poucos, vai surgindo em ambos, um sentimento puro e que pode ser o caminho para que Bree e Archer finalmente possam passar por cima dos muitos traumas do passado e conseguirem levar uma vida mais leve e feliz.


 São dois personagens com muitos traumas na bagagem e que encontram um no outro um apoio para seguirem em frente. Uma coisa que me chamou muito a atenção é que, apesar de serem muito jovens (menos que 25 anos) e terem passado por tantas coisas ruins, tanto Bree quanto Archer se mostram muito maduros. Até mesmo Archer, com sua timidez e inocência, demonstra ser forte e inteligente. Ele é totalmente cativante com sua fragilidade e doçura. Bree é uma menina muito segura e mesmo no que se refere a Archer, ela se mantém firme no que sente por ele e muito consciente no quanto pode transformar a vida dele com sua amizade e, principalmente, com seu amor. Claro, vão surgir outros percalços na história que sugerem que esse relacionamento vai ser abalado. E são esses fatos que me fizeram ficar grudada no livro querendo saber mais e mais o que aconteceria. Os segredos que os personagens mantêm, vão sendo revelados e o leitor fica cada vez mais envolvido. Totalmente viciante e linda essa história. Sem contar que nos deixa ensinamentos, muitos momentos de reflexão. Quantas pessoas passam despercebidas por nós e que tem tanto pra nos mostrar e deixar alguma marca? Ou você deixar algo nela que pode, se não mudar, ao menos melhorar sua vida? E todos os problemas que passamos? O que podemos fazer com eles? São castigos? Maldições? Ou uma forma de nos mostrar o quanto somos fortes e que podemos superá-los?
Coisas ruins não acontecem com as pessoas porque elas merecem. Não é assim que funciona. É só... a vida. E não importa quem somos, temos que lidar com a sorte que nos cabe, por mais terrível que ela possa ser, e tentar fazer o melhor para seguir em frente de qualquer modo, amar de qualquer modo, ter esperança de qualquer modo... ter fé de que há um propósito para a nossa jornada. ...  E tentar acreditar que talvez mais luz brilha por trás daqueles que têm as maiores rachaduras.
Sim. Em mim ficaram muitas reflexões. Mas, ao mesmo tempo, fiquei com um sentimento tão bom após ler essa história. Vou ser repetitiva sim e dizer, mais uma vez, e quantas forem necessárias que essa história é linda e super, super emocionante. Mesmo com tantos traumas que os personagens vivenciaram, tem a parte triste, tem aquele pedaço que te arranca lágrima, mas no final é um sentimento tão gostoso que fica que faz reacender aquela certeza de que no fim, tudo vai dar certo. Não! Não é um spoiler. É apenas uma frase, um "mantra" de Fernando Sabino que carrego comigo: "No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."
E assim people, vou terminando aqui o que eu queria dizer sobre A voz do arqueiro. Capa linda, história linda, bem construída, bem desenvolvida, a escrita é muito, muito fluida e já posso dizer que já me encantei com o modo da Mia Sheridan escrever e anseio pela leitura dos próximos livros já lançados, que não são a continuação desse, são histórias independentes e que, como dito na sinopse, são inspiradas nas características dos signos do Zodíaco.



Enfim, leitura recomendadíssima!!! Tenho certeza que vão gostar. Mas, é claro, nosso blog está aqui pra "ouvir" vocês e gostaria de saber o que acharam da resenha ou, até mesmo, para aqueles que já leram, dizerem se tiveram essa impressão que eu tive ou não. Espero pelos comentários!!

Bjo e até a próxima!!!


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