I Love Dick, o certo seria traduzir como “eu amo Pinto”, porque Dick é não só o nome do personagem que é o centro da história, como uma referência ao desejo por pênis! Esta série não poupa ninguém e não tem meias palavras para falar da obsessão por sexo. Na verdade, é praticamente desespero! rs
Mas vamos do início: Chris e Sylvere (Kathryn Hahn e Griffin Dunne), são artistas independentes que se mudam de NY para uma pequena cidade no Texas, graças a uma bolsa de estudos que Sylvere ganha do Instituto de Marfa (nome da cidade). Lá eles vão habitar uma comunidade acadêmica nada ortodoxa. O Instituto de Marfa é um um curso patrocinado e gerido por um único professor: Dick, que busca inovações de antigos conceitos e ideias. Sylvere ganha a bolsa por ter uma proposta de escrever um livro com um novo olhar sobre o Holocausto, mas ele ainda está longe de concluir o que quer fazer, é mais como ele ter a sensação de que tem algo que poderia ter sido dito a respeito, mas que ainda não foi e que ele ainda não sabe o que é.
Já Chris não pretendia morar em Marfa muito tempo, até porque a bolsa, não dá direito a levar a esposa, mas nem ela queria! Porque ela (cineasta independente) conseguiu colocar um filme no Festival de Veneza, então ela pretendia passar alguns dias em Marfa, viajar para Veneza e então voltar para NY como uma cineasta reconhecida. O problema é que o filme é desclassificado por usar uma música sem pagar direitos autorais (que ela não tinha dinheiro para pagar). Além disso, assim que chega a Marla, mesmo antes de saber quem é, quando Chris coloca os olhos em Dick uma chama se acende dentro dela e ela entra em ebulição, enlouquece de tesão!!! Ela só consegue pensar em uma coisa: transar com Dick!
O casamento já não ia bem, eles a muito tempo não faziam sexo, era de se esperar queo casamento explodisse de vez com a presença de Dick, certo? Errado! Chris decide colocar no papel as fantasias com Dick, e ao ler aquilo, Sylvere embarca na fantasia e eles começam a transar como loucos, enquanto Chris grita: Dick! Dick! Dick!
Sylvere acaba ficando constrangido de encarar Dick de frente, mas não quer parar de fantasiar que é ele. E Chris quer se aproximar mais dele. Esta obsessão em comum pelo carismático professor Dick, vai criar muitas situações constrangedoras e engraçadas. Dick, interpretado por Kevin Bacon, é sexy, frio, indigesto, e desagradavelmente perturbador. E ele não alivia nas críticas que faz aos trabalhos de seus bolsistas e principalmente ao de Chris (mesmo que ela não seja sua aluna). Mas graças a ele, todos vão se descobrindo, liberando seus impulsos, alcançando suas inspirações e ele acaba meio que endeusado (mesmo contra sua vontade).
A série é uma adaptação do aclamado romance feminista, EU AMO DICK de 1997. Exclusiva da Amazon!!! Sim a Amazon, maior concorrente no mundo da Netflix, que está entrando ainda tímida no mercado brasileiro sem muito títulos, mas querendo se estabelecer. Uma curiosidade é que a série é contada em turnos de estilo Rashomon de POV, ou seja, você vai ver o mesmo fato por diversos personagens e não vai saber exatamente o que aconteceu de verdade e o que foi imaginado, mas vai poder imaginar bastante! Rsrs A moral da história está na discussão sobre a liberdade sexual feminina, sobre a frustração e o direito a busca de prazer, casamento, amor e sexo e principalmente a diferença da ótica feminina e masculina. O fato dessas coisas serem tratadas de forma diversa quando ocorre com o homem.
São 8 episódios de 30 min! Se você é um dos usuários do Amazon Prime Video, vale a pena conferir. Beijo e até semana que vem!