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Sleep Hollow

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Baseada no livro A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça de Washington Irving , Sleep Hollow nos conta a história de Ichabod Crane, um soldado do exército americano que lutava pela Independência dos EUA. Mas não um soldado qualquer, ele seria o que hoje chamaríamos de Forças Especiais, um agente em missão ordenada diretamente pelo General George Washington para evitar nada menos que o Apocalipse.

SPOILERS DA 1ª TEMPORADA

Em 1781, Ichabod acaba se deparando com (como saberemos mais tarde) um dos Cavaleiros do Apocalipse (a Morte), eles se enfrentam e ele acaba arrancando a cabeça do Cavaleiro que antes de morrer também o fere mortalmente. Desesperada a mulher de Ichabod, que secretamente é uma bruxa, lança um feitiço para salvá-lo, mas seu sangue se mistura com o do Cavaleiro e ela acaba salvando os 2, colocando-os numa espécie de hibernação. Sabe como é, né? Em nenhum filme dá certo essa história de tentar burlar a morte, nem mesmo por amor!


Quando 230 anos depois, um certo personagem decide despertar a Morte, com intenções nada simpáticas, mas acaba também despertando o nosso Ichabod, o lindo, sexy e talentoso Tom Mison. Ao se levantar nos dias de hoje, ele esbarra na Tenente Abbie Mills (Nicole Beharie). Logo de cara, ela acha que ele é só mais um maluco, mas depois de ver o Cavaleiro Sem Cabeça (a Morte) decapitar o xerife seu parceiro, amigo e mentor, ela se alia a Ichabod na investigação.

Daí uma série de eventos estranhos vão revelar segredos escondidos da pequena cidade de Sleep Hollow, uma luta entre o bem e o mal e um mistério que a cada temporada se revela mais complexo. A trama é muito legal, tem todo um clima de suspense e algumas cenas que nos pregam um belo susto. 

Mas é muito mais que isso, sei que a ideia não é nova, mas é incrivelmente bem feita e fica muito interessante esse confronto de épocas. Tem o óbvio do homem cavalheiro, bem educado e de modos nobres, as piadas sobre uso da tecnologia, mas também tem muito de um humor inteligente de crítica social e política sobre os ideais da Independência Americana e a situação em que a América se encontra, as vezes louvando avanços e as vezes criticando duramente.


Além disso, ainda temos clima de romance no ar, impossível não ver crescer o amor entre Ichabod e Abbie, mas logo nos primeiros episódios descobrimos que sua esposa, Katrina Crane (Katia Winter), ainda está viva! Ela foi capturada e está presa numa dimensão paralela de onde tenta ajudar Ichabod desesperadamente.



Amor! Divino amor! Sempre fazendo nossos personagens favoritos sofrerem! Sleep Hollow que no Brasil passa na Bandeirantes, tem as 2 primeiras temporadas disponíveis na Netflix é produção do canal FOX, está na sua 3ª temporada, já renovada para a 4ª! Agrada tanto aos fãs de séries como Supernatural, como as fãs de séries policiais.

Vale a pena conferir! Beijos e até a próxima semana!


Resenha | Subindo Pelas Paredes

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Livro: Subindo Pelas Paredes
Autor (a): Alice Clayton
Páginas: 280
Editora: Benvirá
Classificação:     

Sinopse: A primeira noite de Caroline em seu novo apartamento é promessa de que dias – e noites – agitada virão. Ela não poderia imaginar que dividira a fina parede de seu quarto com um cara capaz de deixar uma mulher completamente maluca na cama. Aliás, uma não Caroline já contou pelo menos três gritos e gemidos diferentes.

Conviver toda madrugada com a animação do apartamento ao lado deixa Caroline ainda mais afundada na crise sexual que a acompanha há tempos. Mas ela nem sequer pode imaginar que o vizinho que ela abomina pode ser o único capaz de lhe trazer de volta seus orgasmos.
Em “Subindo pelas paredes”, Alice Clayton mistura humor paixão e boas doses de sensualidade, capazes de fazer qualquer uma cair de joelhos e se apaixonar.

Não vou dizer para vocês que se trata de uma obra genial, mas é muito competente ao que se propõem: algumas horas de diversão. É um livro fácil, leve, rápido, engraçado e muito fofo. Não traz nada de novo, ou de surpreendente, é cheinho de clichês, mas nem por isso deixa de ser uma leitura agradável, nem por isso a gente deixa de torcer pelos personagens.


O título em inglês Wallbanger é perfeito, mas acho que apesar do termo ser usado durante o livro, a editora se preocupou com a reação que causaria na capa, "Trepador de Paredes". Este é o apelido que Caroline dá para Simon pelo motivo que fica claro na sinopse, se ele estivesse realmente transando com a parede dela, talvez não fosse tão vívido.

A graça da história está no fato de que Caroline é jovem, solteira, bonita, poderia ter uma vida sexualmente ativa, mas não tem. Isso porque depois de algumas relações muito ruins, ela parou de conseguir ter orgasmos. Não importa o que ela faça, nem mesmo sozinha, ela simplesmente não consegue mais e por isso desistiu, resolveu dar um tempo de qualquer atividade sexual. O problema que Simon não só tem vida ativa, como suas parceiras são bem claras a respeito dos orgasmos que ele proporciona. Com uma parede fina, tão fina que até mesmo as conversas podem ser ouvidas com facilidade, isso se torna motivo de estresse, briga e claro tensão sexual! Daí vocês podem imaginar como isso vai acabar. 

O livro é basicamente comédia, mas tem uma temperatura elevada, só que o final é muito fofinho, romântico do tipo conto de fadas (não to falando de casamento). Uma excelente distração!

Além desse livro a autora tem diversas obras publicadas no mesmo estilo, mas no Brasil só foram lançados mais 3 livros dela pela Editora Universo dos Livros:

  •  A ruiva misteriosa
  • A ruiva revelada
  • A ruiva popstar

Espero que gostem! Beijos!




Evento Literário: Mochilão da Record - Brasília 2016

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Oie people!!! Tudo bem???
No post de hoje vou falar de um evento que aconteceu aqui em Brasília no último dia 11, o Mochilão da Record. Neste evento tivemos a oportunidade de conhecer diversos lançamentos do Grupo Editorial Record, além de ganhar alguns brindes maravilhosos, encontrar com grandes amigos e, ainda, garantir um autógrafo e um bom bate-papo com a queridíssima Carina Rissi. Já adianto que o evento foi muuuuuito bom e aguardo ansiosa a notícia do próximo... rsrsrr
Antes de contar tudo o que aconteceu, preciso falar que estava muito animada pra chegada desse dia. A louca que vos escreve, junto com suas amigas (loucas também, rsrsr), chegou ao Shopping Iguatemi as 10h em ponto, sendo que o evento seria as 15h. Sim!!! Sou dessas!!! Por vários motivos. Tinha muito medo de não conseguir uma senha e, além disso, era uma ótima oportunidade de colocar o papo em dia com minhas amigas. Só por esse motivo, já digo que esse tempo não foi bastante... kkkkk

Enfim, chegou a hora. Logo que entramos no auditório, foi nos dado uma linda ecobag com marcadores. A apresentação ficou por conta dos mais que simpáticos Shirley Higaki (Coordenadora de Merchandising e Treinamento) e Thiago Mlaker (Editor) que souberam manter uma boa dinâmica e conseguiram proporcionar um ambiente bem animado. Nota mil para eles!!!!
 

Foram apresentados cerca de 32 livros e muitos deles, só pela sinopse, já fiquei querendo muito. Já aumentaram minha lista de desejados. Aqui, alguns deles.





Foi falado também sobre alguns livros que já foram lançados e que são sucesso como A garota do trem (Paula Hawkins) e Mentira Perfeita (Carina Rissi).
Após essas apresentações, chegou a parte que todos esperam: os sorteios!! Esse ano a Record não estava de "bobeira" não!!! Os brindes eram, nada mais nada menos que kits com TODOS os livros da Carina Rissi, "O livro das Criaturas Mágicas de Harry Potter", "O Amor Em Tempos de Like", "Dama da Meia Noite (Os artifícios das trevas)", "Becky Bloom em Hollywood", e (acreditem!!) 4 sortudos levaram, cada um, um cheque de R$ 250,00 em livros da Record! Sim!!! É de deixar qualquer um enlouquecido! Eu não fui contemplada nesses sorteios... aaaaaaa q pena!! Maaaaaaas, não saí de mão vazia não porque, TODOS os que compareceram ganharam (sim, eu disse ganharam...) 3 livros. Em eventos de outros estados, os participantes ganharam 5 livros. Segundo a Shirley e o Thiago, os outros 2 vamos receber em casa... vamos ver!

Além desses brindes, tivemos um outro presente. Carina Rissi, com toda sua simpatia, nos deu a honra de bater um papo e responder algumas perguntinhas. E é aqui que, infelizmente, coloco um fato beeem chato que aconteceu. Uma coleguinha, na hora de fazer sua perguntinha pra Carina, solta um belo de um Spoiler sobre Mentira Perfeita. Como assim???? Muita gente, ficou aborrecida. Até eu, que já havia lido, fiquei bem estarrecida com isso. A Carina ficou muito sem graça... ficou visível, que ela não ficou muito satisfeita com isso. Mesmo porque, assim que acabasse o evento, Carina estaria ali no auditório para sessão de autógrafos. A coleguinha poderia usar esse tempinho com a autora para fazer essa pergunta mais particularmente. Lamentável!
Para terminar, como eu disse acima, ainda teve sessão de autógrafos com a diva Carina Rissi e eu, é claro, nunca que ia perder essa oportunidade. Garanti meu autógrafo em Mentira Perfeita e também uma foto que não faz mal a ninguém... srrsrsr


Então gente, esse evento foi maravilhoso. Não poderia deixar de falar isso por três motivos: Primeiro, o evento foi realmente muito bom. Bem organizado, boa apresentação e brindes bacanas. Segundo que os apresentadores disseram que caso o Mochilão fosse bastante comentado, a possibilidade de haver mais dias como esse é grande. E quem é que não quer eventos desse tipo pelo menos, no mínimo, umas duas vezes no ano? E o terceiro motivo foi um fato que me chateou bastante. Vi alguns comentários que falavam muito mal do evento. Muito mesmo. Resumindo os comentários, a única coisa que foi boa, foi ter encontrado os amigos. Ou seja, o evento mesmo não valeu de nada! Detonou a apresentadora, detonou os brindes... Peraí!!!! Os BRINDES???? Sim, pessoal. Estavam reclamando dos brindes. Ok! Os livros dados não estavam na minha lista de "quero muito", não eram lançamentos e tal... mas gente! Eram BRIN- DES!!! Eu aprendi, desde pequena, que "a cavalo dado não se olha os dentes", então, não é de bom tom que reclamemos de uma coisa que nos foi presenteada. O Grupo Editorial Record não tinha, não teve, não tem nenhuma (repito: nenhuma) obrigação de DAR livros para quem compareceu. E mesmo assim, tiveram a gentileza de enviar os livros pra que? Pro povo reclamar... aiai gente. Poupe-me por favor!!! Sem contar que, depois que li a sinopse dos livros, achei bastante interessante e serão livros que lerei com certeza. Quer dizer que é mais uma oportunidade de ampliar minhas leituras e conhecer títulos que, até então, pra mim eram desconhecidos. 
Não posso deixar de ressaltar também que o modo como os apresentadores levaram as apresentações foi muito bom também. Eles foram os responsáveis pelo bom andamento do evento. Simpatia e bom humor rolaram soltos e fizeram com que o sucesso fosse total. Então, ponto pra eles!!!
Enfim, eu sei que eu saí de lá feliz, feliz e feliz. Encontrei amigas queridas, nos divertimos muito; pura simpatia da Shirley e do Thiago e ainda reencontrar com Carina Rissi, meu povo!!! Tudo de bom!! As únicas coisas que posso fazer agora é agradecer muito ao Grupo Editorial Record e desejar que logo logo tenha outro evento como esse, igual ou ainda melhor!

É isso gente! Gostei demais e espero falar de outros eventos aqui pois nós precisamos (e merecemos!! rsrs). Na sua cidade teve a passagem do Mochilão? Como foi? Quem não foi gostaria de ter ido? Conta aí e vamos "levantar essa bola" para que esse dia se propague mais vezes e em mais lugares.
Grande bjo e até a próxima!

The Librarians

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Uma antiga organização escondida por detrás da Biblioteca Pública Metropolitana, dedicada a proteger um mundo desconhecido da realidade mágica e secreta que esconde. O grupo resolve mistérios impossíveis, luta contra ameaças sobrenaturais e recupera artefatos poderosos ao redor do globo.

A primeira impressão que tive da escatológica trama de The Librariansé que se tratava de um Indiana Jonespastelão, não que Indy já não seja cheio de humor, mas é que The Librarians é bem menos sutil, quase uma paródia.


Rebecca Romijn faz Eve Baird, uma ex-agente da OTAN acostumada a caçar terroristas é a estrela desta série. Um dia enquanto cumpria uma missão e tentava desarmar uma bomba, ela fica conhecendo Flynn Carsen (Noah Wyle), o Bibliotecário. Mas não de uma biblioteca qualquer, uma biblioteca mágica! A Biblioteca a escolhe como Guardiã de Flynn, devendo protege-lo dos perigos. Contudo logo na primeira missão deles, eles descobrem que estão matando as pessoas que tem potencial para se tornarem Bibliotecários e agora só restam mais 3! Então Eve e Flynn decidem localizar os 3 e formar uma equipe.


Jacob Stone (Christian Kane) é um gênio morador de Oklahoma com um QI de 190 e especializado em História da Arte e Arquitetura. Lindy Booth faz Cassandra Cillian, uma Matemática que te alucinações com super equações (não entendo nada que ela fala enquanto alucina, mas ela chega na resposta que eles querem). Ela tem um tumor cerebral que provoca a dor quando ela acha algum calculo difícil, mas para evitar que as alucinações se percam do foco, Stone lhe ensina a se concentrar para se conectar a uma memória pacífica durante seus pensamentos e assim diminuir as dores. E para completar a equipe: Ezequiel Jones (John Kim) que é um ladrão "mestre de tecnologias" e hacker. Para auxiliar a equipe temos John Larroquette como Jenkins, zelador da Biblioteca.

Mas enquanto Flynn acaba sendo obrigado a partir na missão de procurar a Biblioteca que se perdeu no tempo e no espaço, é Eve quem fica com a tarefa de proteger e treinar os novos Bibliotecários. Noah Wyle não é fixo na série, então faz só algumas aparições em alguns episódios. Mas ele é o astro da trilogia que deu origem a série: O Guardião. Então, Flynn é bem frequente e acaba se apaixonando por Eve que não é só competente, ela é corajosa, linda e de caráter incontestável.


O que você deve esperar são muitos mistérios envolvendo relíquias arqueológicas, ação, aventura, romance... tudo com muito humor, num mundo cheio de mágica e seres fantásticos.
A série foi desenvolvida por John Rogers, foi renovada para a 3ª temporada e é transmitida pela TNT e também tem disponível a 1ª temporada na Netflix. Se você adora uma comédia, esta série foi feita para você!

Beijo!


Resenha | Taint

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Livro: Taint. Prazer, me chamo Justice Drake.
Autor (a): S.L. Jennings
Páginas: 230
Editora: Charme
Classificação:    
Sinopse: Nesse exato momento, vocês provavelmente estão se perguntando duas coisas: 
Quem sou eu? E o que estão fazendo aqui?
Vamos começar com a pergunta mais óbvia, ok?

As senhoras estão aqui porque não são boas de cama.

Não fiquem chocadas. Sexo não é mais tabu para ninguém com menos de oitenta anos. É melhor se acostumarem, porque, nas próximas seis semanas, vocês ouvirão tudo sobre sexo.

Se vocês se matricularam nesse curso, é porque estão totalmente cientes de que precisam de ajuda profissional para aprenderem a viver uma vida sexual plena. Precisam soltar sua libido, permitindo-se sonhar e simplesmente deixar seus corpos e hormônios assumirem o controle. Parabéns! Admitir é meio caminho andado. As que foram enviadas para cá pelo marido ou companheiro sequem as lágrimas e superem. Vocês aprenderão a fazer sexo.

E quem sou eu? 
Bem, durante esse tempo, serei seu amante, professor, melhor amigo e pior inimigo. Sou aquele que vai salvar seu relacionamento e sua vida sexual.
Prazer, me chamo Justice Drake.
E transformo adoráveis donas de casa em mulheres selvagens na cama. 

Agora... quem é a primeira?

***

Esta sinopse me deixou muito curiosa, um romance do ponto de vista masculino, escrito por uma mulher é no mínimo um desafio. E o texto jocoso e provocativo também me pareceu bem original. Ao ler descobri um livro que você não espera muita coisa, e em  dado momento não é mesmo muita coisa,  mas que dá horas de conversas sobre!


Atenção feministas, vocês podem ficar bem chateadas com esta obra, que no final das contas não é  tão machista conforme se vai adiante, mas que pode deixar muita gente irritada! 

S.L. começa o livro sem muitas preliminares, direto nas apresentações e direto na primeira das muitas ereções de Justice! O clima rola tão rápido que me deu até uma depressão achando que seria mais um livro erótico sem qualquer conteúdo e com um romance baseado em atração.  Só depois de algumas páginas que percebi como era interessante a construção dos personagens. A trama é por si só bem original, mas não desenvolve todas as possibilidades, a autora se prende demais na parte erótica da coisa que é seu ponto mais fraco. Não é que seja um livro erótico ruim, mas não é nada demais, é a mesma coisa de sempre, nada original. Não é o tipo de leitura que me agrada, me soa artificial, homens que não existem! Mas nada que comprometa o gênero.

No entanto, o livro tem uma parte muito legal, que são os personagens femininos. Ele, Justice, descreve as alunas como bonecas, lindas por fora e vazias por dentro, gente que vive da aparência (entendeu porque eu to dizendo que é de fazer qualquer feminista pirar?). Mas é aí que fui surpreendida, logo no início, pela primeira vez no livro, ele aos poucos vai nos revelando quem são elas e porque foram parar ali e elas são tão absolutamente uma de nós! Só que com casamentos infelizes, sofrendo daquilo que tantas mulheres sofrem, pouca auto estima diante do marido que é um safado. E ao contrário do que a sinopse pode dar a entender, o livro não prega que uma "boa transa" com um bom amante resolve tudo. Mostra que se elas se amassem enxergariam que seus maridos que são idiotas. E elas bobas por deixarem eles fazerem elas de idiotas e ainda acharem que são elas que tem de fazer algo para salvar os casamentos. O que aquelas mulheres estão fazendo ali? Querendo melhorar sua performance sexual para agradar ao marido que a trai? Isto não é só machista, é muito triste! 

O segundo passo é perceber o que está sendo chamado de uma mulher vazia, e é vazia de amor, de respeito, de carinho, de atenção e que não confia mais em si. Mas mulheres que aprenderam a fingir para o mundo que tudo vai bem, que é incrivelmente feliz, enquanto se humilha pelo marido que a rejeita e a trai. E por bonitas por fora também não tem haver com um padrão de beleza, são velhas e jovens, magras e gordas, bonitas e feias, mas são todas elegantes, bem maquiadas, com algumas muitas cirurgias pláticas para dar a impressão de perfeição por fora que não sentem por dentro. Ou seja, são mulheres muito machucadas, que precisam e merecem se conhecer melhor. O curso vai contribuir para isso, a partir do momento que leva elas a começarem por conhecerem o próprio corpo.

Um terceiro ponto que eu acho que vale ressaltar, e esse é muito engraçado e dá horas de conversas com as amigas é se os homens realmente gostam de tudo que o Justice diz para elas, as lições em si, tem muito de um erotismo e educação sexual com dicas bem pertinentes. Agora se qualquer homem é assim e principalmente se as esposas deveriam ou não se esforçar a satisfazer essas fantasias, é uma outra questão que o livro não aborda. Mas não deixa de ser interessante, quando percebemos que algumas fantasias típicas masculinas também habitam as mentes femininas e o quanto é comum as mulheres se podarem sexualmente!


Quarto ponto que tem de ser citado é o romance em si, a história de amor, esta parte também não me convenceu, além do romance começar muito rápido, ele num dado ponto me parece desproporcional, meio sem sentido, não quero dar spoiler, então vou me limitar a dizer é que é muita certeza para algo tão rápido! Por outro lado, também não gostei do final, cheguei a reler o final 3 vezes para ter certeza que era aquilo mesmo... só vou dizer: eu teria entendido se a passagem de tempo fosse de 3 meses, ou até 3 anos, mas 30 anos? O que S.L. Jennings tinha na cabeça?

E o livro acaba como começou,direto ao ponto!

Não há motivo para quem gosta de romance erótico não gostar desse, mas eu diria que a autora tem mais capacidade do que acredita ter e poderia ter feito um livro bem melhor!

Bem, por hoje é só! Até a próxima semana!


Maratona Literária das Amigas Leitoras

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Oie people!!! Tudo bem?

Período de férias quase chegando e nada melhor do que já programar muitas leituras. Nessa época, é muito comum, Blogueiros e Youtubers organizarem Maratonas Literárias. O que seriam essas maratonas? É um desafio de leitura bem intensa. São períodos predeterminados que as pessoas se organizam para lerem mais do que o costume. Ou seja, o principal objetivo é bater metas determinadas para aquele tempo que a maratona foi estipulada. Caso a pessoa esteja acostumada a ler 3, 4 livros por mês, ela se propõe a ler mais do que esse número. Enfim, o objetivo é ler, ler e ler. E para que se torne uma coisa mais dinâmica e ainda mais divertida, são colocados desafios para serem cumpridos. Exemplos: Ler uma distopia; Ler uma HQ, e por aí vai.
Ano passado eu participei de uma bem bacana e fiquei muito feliz com o resultado. Consegui me organizar direitinho e minha meta foi batida. Veja quais foram os livros que estabeleci para minha TBR (to-be-read / livros a serem lidos) de 2015:

 
 

Esse ano não estava planejando participar de nenhuma maratona. Meu trabalho com a fotografia as vezes me toma tanto tempo que é difícil parar pra pegar um livro e não queria me comprometer. Mas, umas amigas queridas que tenho num grupo de WhatsApp resolveram fazer uma Maratona especial e então decidi que não ia ficar de fora dessa. Os desafios estão super bacanas e estou ansiosa pra começar. Já escolhi minha TBR e espero conseguir chegar ao objetivo, mais uma vez. Confira os desafios e os livros que selecionei:



 Desafios
1- Um livro da sua estante que alguém do grupo vai escolher (Os segredos de Colin Bridgerton)
2- Um Clássico da literatura brasileira (Senhora)
3- Uma HQ/Quadrinhos (Popeye, Turma da Mônica Jovem e Luluzinha Jovem)
4- Um livro para terminar em um dia (Conto Carina Rissi)
5- Livro encalhado há mais de um ano (Simplesmente Ana )
6- Um livro que foi ou está sendo super comentado.(Depois de você )
7- Um livro de um autor que você nunca leu (Perdas e Danos)
8- Um livro com mais de 400 páginas (Silo)
9- Começar ou Terminar uma série/trilogia/duologia (Ordem)
10- Suspense, thriller, hot ou romance de época (Segredos e Mentiras)

Gostei muito dos livros que escolhi e são histórias que há muito tempo estou com vontade de ler. Então já é um grande incentivo para que o objetivo seja alcançado, né? rsrsrs Outro incentivo bacana é que cada participante (somos 6), contribuirá com o valor de R$ 10,00 para a compra de um vale-presente numa livraria. Aquela que conseguir ler o maior número de livros no período de um mês, sempre respeitando os desafios, levará esse presentaço!! Muito bacana, não é mesmo??? Estamos animadíssimas e claro, querendo muito o prêmio!!! kkkkkk

Então é isso people. Durante um mês tentarei ler mais do que o habitual e após o término da brincadeira, volto aqui para contar tudo o que aconteceu e espero só ter boas novas pra falar... kkkkk
E você? Já participou ou vai participar de alguma maratona? Acha a ideia bacana? Conta aí!!

Bjo e até a próxima!!!








The World Without End

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Você é daqueles que adora uma série que mistura fatos reais e ficção? Adora um romance histórico com direito a muitas intrigas da corte e do clero? Sexo, luxúria, ganância, ira, guerra e inveja num jogo de poder perigoso?



Tendo como pano de fundo a Inglaterra do século XIV, nos momentos que precedem a Guerra dos 100 anos, a trama começa com o assassinato do Rei inglês e seu filho descobrindo um ardil tramado pela rainha e seu amante. Manipulado, enganado e perdido, o jovem rei, Eduardo III acaba por conduzir o país a guerra contra a França. Enquanto isso na cidade inglesa fictícia de Kingsbridge, numa época onde a Peste Negra começa a alastrar-se pela Europa, e a guerra leva à miséria e à fome, Caris (Charlotte Riley), uma mulher a frente de seu tempo, e seu amante Merthin (Tom Weston-Jones) inspiram as pessoas a enfrentar as mais poderosas forças do seu tempo, a Igreja e a Coroa, lutando para salvar a cidade da ruína.




Super premiada,World Without End (Mundo sem Fim, título no Brasil) é uma minissérie de 8 episódios exibida pela Netflix, baseada no romance homônimo de Ken Follett. Coprodução Canadá, Alemanha e Reino Unido de 2012, com a participação de Cynthia Nixon, Miranda Richardson, Ben Chaplin, Peter Firth, Charlotte Riley e Tom Weston-Jones. A minissérie é a sequência de Os Pilares da Terra ( também disponível na Netflix).

O que mais me chamou atenção na série é a dureza com que a miséria e a violência são retratadas, ainda mais no que se refere ao tratamento das mulheres, a violência crua e a falta de qualquer consideração são chocantes, aviltantes, capazes de mexer com o espectador. Nós já estamos acostumados a ver a corrupção, o machismo e a conspiração retratada na vida das cortes e da Igreja durante as Idades Média e Moderna, mas nessa me chamou a atenção, o destaque, do papel da mulher e dos maus tratos sofridos por ela, principalmente que a personagem principal é ela, Caris. Um tema sempre atual e necessário!


Um programa curtinho, de poucas horas, fácil de ver e de excelente qualidade!  Vale a pena assistir!

Beijo!





Resenha: Sr. Daniels - Brittainy C. Cherry

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Título: Sr. Daniels
Autor (a): Brittainy C. Cherry
Páginas: 310
Editora: Record
Classificação:♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 

Sinopse: Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings vê sua vida mudar completamente. Além de ter de aprender a conviver sem parte de si mesma, ela precisa se adaptar a uma nova rotina. Enviada pela mãe para a casa do pai, com quem mal conviveu até então, ela viaja de trem para Edgewood, Wisconsin, carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã. Na estação de trem Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil, e a atração é imediata. Os dois compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. Ao sentir-se esperançosa quanto a sua nova vida, Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor. E não consegue acreditar quando descobre, no primeiro dia de aula, que Daniel, o belo músico de olhos azuis com quem já está completamente envolvida, é o Sr. Daniels, seu professor de inglês.  Desorientados, eles precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, eles ainda precisam tentar de todas as formas superar os antigos problemas e sobreviver a novos e inesperados conflitos. 

Oie people! Como vocês estão? Espero que esteja tudo em paz. Eu estou muito bem, pois há pouco tempo concluí uma leitura simplesmente sensacional. Sim!!! Sr. Daniels é uma história incrível e acredito que tem tudo pra ser um dos livros do meu Top Five de 2016. Por enquanto, já é. Só me arrependi de ter enrolado tanto pra ler, mas também não sei o porque.

Já adianto que rola muito drama. Muito mesmo. E começa com o relato de Daniel Daniels contando seus problemas com seu irmão mais novo, Jace. Envolvido com drogas e pessoas erradas, Jace recorre a Daniel quando precisa de ajuda. E aí já acontece a primeira perda da história.
A outra narradora da história é Ashlyn Jennings que logo na sua primeira "aparição" está no velório de sua irmã gêmea, Gabby, que morrera de leucemia. Elas sempre foram muito ligadas e desde a descoberta da doença, parece que a vida de Ashlyn começou a desandar. O pai abandonou a família já havia algum tempo, e a mãe se afundando na bebida já não lhe dava atenção. Com a morte de Gabby, Ash se sentiu ainda mais sozinha e não sabia como iria seguir com sua vida. Logo após ao enterro, Ash descobre que a sua mãe decidiu que ela ficaria um tempo na casa do seu pai, o qual o contato tinha sido o mínimo possível. Na viagem de trem para casa de Henry (como ela chamava o pai), viu Daniel com seus olhos lindos, "intensamente azuis e cheios de interesse". Ao se conhecerem, percebem que têm muitas coisas em comum, até que, ao iniciarem as aulas da nova escola de Ash, eles descobrem um motivo pelo qual não vão poder levar o romance adiante: são professor e aluna.
Quando descobrem que naquele ano escolar não poderão ficar juntos, Ash e Daniel até tentam manter distância um do outro, mas isso, mesmo que tentem a todo custo, fica muito difícil visto que eles se encontram quase que a todo momento.
Eu odiava o quanto sentia falta da sua boca. Da sua risada. Do seu sorriso.
Eu odiava quão perto estávamos, e quão distante nos sentíamos.
Toda a leitura é embalada por trechos de músicas da banda de Daniel, a Romeo's Quest. Trechos deliciosamente lindos. A cada início e capítulo, temos versos que dão uma noção do que vem a seguir. E além disso, a história é recheada de citações de Shakespeare, pois é uma das coisas que o casal de protagonistas têm em comum: são muito fãs de Shakespeare. Esse, com certeza, foi um dos pontos do livro, sempre se tinha uma boa amostra de lindos versos do poeta inglês.
--... A maioria das pessoas acha estranha essa minha paixão por Shakespeare. Minha irmã era a única que realmente entendia, ninguém mais. Ela o chamava de meu "ouro".
--Seu ouro?
--Todo mundo tem um ouro. Pode ser qualquer coisa, uma música, um livro, um animal de estimação, uma pessoa. Qualquer coisa que te faça tão feliz que seu coração explode de alegria. Parece que você está sob o efeito de drogas, mas é melhor porque é uma onda natural. Shakespeare é meu ouro.
Ash é uma personagem forte, que apesar de tudo de ruim que precisa passar, tenta manter uma objetividade nas suas ações. Agora, o Daniel me ganhou... gente!!! Que sensibilidade, que carisma... realmente é impossível não se apaixonar por ele. rsrsrs Os personagens secundários também me encantaram, como os filhos de sua madrasta, Hailey e o divertido Ryan.



Como disse mais acima, essa leitura é maravilhosa. A escrita de Brittainy C. Cherry é muito, muito envolvente. Desde o primeiro momento já me apaixonei pelo casal e já tive a impressão de que eles pertenciam um ao outro. Mesmo com todos os problemas que permeavam a relação dos dois, mesmo que em algum momento, por 1% eu achasse que não daria certo, os outros 99%  torcia para que eles encontrassem o melhor caminho para que pudessem, enfim, viver um final feliz. Sim, a carga dramática é alta, mas é uma dose exata para aqueles que gostam de ser envolvidos em boas e belas histórias. Impossível não se emocionar com tudo que é narrado. Acreditem: impossível mesmo!! Impossível não deixar rolar algumas lágrimas.
Neste momento, éramos apenas duas pessoas nascidas para errar, para perder o controle e para aprender coisas novas. Nós éramos perfeitamente imperfeitas.
Por vários momentos tive meu coração despedaçado por essa história. Sofri, chorei, desejei que tudo ficasse bem. O que posso dizer é que vivi momentos num carrossel de emoções. Hora rindo e me deliciando com um belo romance. Hora chorando, me deprimindo e sofrendo junto com os personagens. Mas o que ficou depois dessa leitura foi uma gostosa sensação de ter aproveitado de um imenso prazer que só uma boa história proporciona. E Sr. Daniels, mesmo com essa dose extra de drama, com certeza foi uma belíssima história. Leitura mais do que recomendada até mesmo pra você que foge de um livro que "faz chorar". Mesmo com esse "detalhe", este livro vale a pena!

Bem curiosa pra saber o que você achou... Já teve oportunidade de ler? O que achou? Ficou com vontade de ler ou não? Conta pra mim!!! 
Bjo e até a próxima!!!


RESENHA | Procurando Dory

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Filme:Procurando Dory
Título Original: Finding Dory
Roteiro: Andrew Stanton, Angus MacLane, Victoria Strousey 
Direção: Andrew Stanton, Angus MacLane
Duração: 1h e 35min
Ano: 2016
Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

Desta vez voltamos ao fundo do mar, 1 ano depois dos eventos de Procurando Nemo, no momento em que Dory se lembra do que ela estava procurando quando encontrou Marlin: sua família. Nossa querida Dory se lembra não somente dos pais, e do momento em que se perdeu deles, mas também de onde eles moravam. Emocionada e com saudade, Dory convence Marlin e Nemo a ajudar a procurar sua família, só que eles acabam se separando. Dory encontra então o polvo, Hank, cujo maior sonho na vida é ir para um aquário pois morre de medo do mar, juntos eles vão procurar os pais de Dory, enquanto Nemo e Marlin procuram por ela.

Durante a busca, muita aventura, muitos novos personagens, muitos risos e muita emoção! Do ponto de vista técnico, não há o que falar da PIXAR, o trabalho é perfeito! Animação, som, efeitos, trilha sonora, música tema (Unforgettable na versão da Rihanna) é tudo top! E da história, eu só tenho a agradecer! Obrigada por um filme tão bom!!! Como é bom ver uma filme para criança que não a trata como idiota!! É um filme de piadas fáceis que crianças entendem, mas não imbecis, são piadas que qualquer um ri, independente da idade!

Fomos assistir eu, meu marido, minha filha de 7 anos (nossa desculpa), meu filho de 19 anos e a namorada de 18. Todos nós rimos do início ao fim, e não só rimos, suspiramos com as fofuras, nos derretemos nas cenas emocionantes. Tá bom que só eu e minha filha mais nova choramos, o que segundo meu marido é porque eu ainda não cheguei na puberdade, então se você já tiver passado dessa fase, talvez você se livre disso. Mas é fofo, é meigo, é engraçado, é de bem com a vida, é imperdível!!

E fica sempre aquela velha lição, amor de família não tem nada igual, mas nossa família não é só aqueles que se unem a gente por laços de sangue, mas também aqueles que escolhemos amar e nos deixamos ser amados!

E quando estiverem tentando decidir o que vocês vão assistir no cinema, pensem: o que a Dory faria?rs

Mergulhe de cabeça! E até a proxima!



Resenha | Trilogia Mundo de Tinta

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Livro: Coração de Tinta, Sangue de Tinta e Morte de Tinta
Autor (a): Cornelia Funke
Páginas: 456, 560 e 576
Editora: Cia. das Letras
Classificação:     

Certa noite de chuva, a pequena Meggie se prepara para mergulhar nas páginas de um livros, quando alguma coisa lá fora chama sua atenção. Pela janela do quarto, a menina vê uma silhueta de um homem que, imóvel no jardim, observa secretamente a casa. Intrigada com essa figura parada no meio do aguaceiro, Meggie acorda seu pai, o encadernador Mo. E ele abre a porta de casa sem imaginar que está cometendo um grande erro.

Mo certamente conhece o visitante inesperado, mas não parece muito contente com o reencontro. Nervoso, ele recebe o sujeito e manda Meggie para o quarto, dizendo que o homem vai passar a noite ali e os dois têm muito a conversar.


Mas é clro que Meggie não vai dormir: com o ouvido colado na porta,prefere bisbilhotar a conversa entre o desconhecido e o pai. Meggie não entende muito o que eles dizem, mas os dois se referem com angústia a um tal Capricórnio, um sujeito malévolo que ambos parecem temer como ao próprio diabo. Também falam de um livro misterioso e de poderes mágicos capazes de abrir as portas que separam a ficção da realidade.


Mo descobre, nessa noite, que enfim chegara o momento que ele sempre temera: o terrível vilão, que ele havia tirado involuntariamente de dentro do livro Coração de Tinta muitos anos atrás,e do qual fugia desde então, estava em seu encalço. Capricórnio tem planos sombrios: quer usar os poderes de Mo para tirar do mesmo livro um ser ainda mais terrível e sanguinário que ele próprio. Quando seus capangas finalmente sequestram Mo, Meggie fica desnorteada. Ela é apenas uma criança, mas sua coragem não tem fim e quando a vida do pai está em risco. E, além disso, um talento muito especial pode ajudá-la no caminho...


Imagine não poder ler em voz alta para sua filha? Imagine se sentir o culpado pelo desaparecimento de sua esposa? Imagine ser o responsável pela existência de um bandido cruel? E tudo isso com a sua voz! Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta, mas nada disso faz voltar atrás o que aconteceu quando sua filha ainda era um bebê. Toda vez que Mo lê qualquer história em voz alta, alguém ao seu redor é enviado para dentro do livro e alguém de dentro do livro sai da história.

Essa instigante fantasia que povoa a cabeça de todos nós que gostamos de ler, se torna um drama na vida de Mo! As possibilidades são enormes, tanto para o bem quanto para o mal, mas Mo não tem controle sobre ela, o deixando contar apenas com a sorte! Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, ama ler, carrega sempre consigo seus livros preferidos e até a chegada do estranho, Dedo Empoeirado, não entendia o porque seu pai se recusava a ler para ela apesar da insistência. Agora que ela sabe de tudo, ela vai ter de dar um jeito de resgatar o pai.


Esta aventura em 3 livros é uma declaração de amor aos livros e seus personagens, em especial aos livros fantasia, claro. Apesar de estar indicada ao público infanto-juvenil, quem ama ler, tem de ler esta trilogia.


O primeiro livro vemos Meggie tentando salvar o pai no mundo real, no segundo, veremos Meggie ir parar dentro do Mundo de Tinta e agora terá de enfrentar outro vilão, o que tomou o lugar de Capricórnio quando este desapareceu para fora do livro. Ela vai descobrir que as regras são diferentes lá, e que até mesmo seus poderes funcionam de outra forma. Já no terceiro livro, o mais emocionante de todos (ai gente, é de arrepiar), você vai se deparar com uma discussão filosófica sobre o que é real e o que é imaginação. Seria a vida de um personagem dispensável? Depois de ter convivido com eles dentro do livro, você poderia dizer que eles são menos seres vivos que nós? Não seríamos nós personagens de Deus? Mo vai atrás de Meggie e juntos lutam para livrar o Mundo de Tinta do mal.

No meio de toda essa aventura, Meggie desperta para a adolescência, se apaixona, e muitas outras aventuras e romances que valem a pena ler para saber. O livro é de uma delicadeza e beleza incontestáveis.


A escritora Cornelia Funke tem dezenas de títulos publicados, poucos no Brasil, mas é sucesso de público e crítica! Se você tiver a oportunidade de ler uma de suas obras, não a deixe escapar!

"Saboreie cada palavra, Meggie", a voz de Mo sussurrava dentro dela. "Deixe-as derreter na sua boca. Está saboreandoas cores? O vento e a noite? O medo e a alegria? E o amo. Saboreie, Meggie, e tudo despertará para a vida."

Beijos e até a semana que vem!



Mako Mermaids

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Já disponível 4ª temporada, Mako Mermaids, traz a história de um grupo de amigas sereias banidas do cardume e que tem de lutar para serem reintegradas. Tudo começa numa noite de lua cheia, enquanto as sereias se preparam para receber a energia da luz da Lua, um jovem humano acaba sendo atraído para a ilha, Mako, local sagrado das sereias, e acaba sendo transformado em tritão.


Só que os tritões são os maiores inimigos da sereias, então o cardume se apavora e decide fugir do local, deixando para trás 3 sereias que elas responsabilizam pela transformação do rapaz. Para poder voltar para o cardume, elas decidem retirar os poderes do novo tritão e assim retransformá-lo em humano. Como elas não fazem ideia de como fazer isso, elas vão fazendo diversas tentativas, uma mais atrapalhada que a outra.

Enquanto tentam, acabam se aproximando da vida na terra, se tornando amigas do tritão, se apaixonando e mudando de opinião sobre terrestres e sobre si próprias! É meio que o lado oposto da série original, não sei se vocês lembram, mas Mako Mermaids é um spin off da falecida H2O de 2006, que durou 3 temporadas apenas! Nela 3 meninas humanas chegavam a Mako e acabavam transformadas em sereias, então ao invés de serem sereias descobrindo a terra, eram humanas descobrindo o mar (as 2 estão disponíveis na Netflix).


Mako é uma série mais para meninas, não saberia dizer a idade, porque cada uma é cada uma, mas é legal para aquelas meninas que já gostam de ver garotos lindos sem camisa, com seus corpos sarados, e que ainda não acham ridículo um casal de namorados que se cumprimentam com beijo no rosto! Ah, tem beijo na boca sim, sem lingua, mas tem, bem rapidinhos e discretos. Então é mais fácil agradar os menores e  as mães fãs de romances água com açúcar do que aos adolescentes!

Na parte técnica da coisa, Mako tem um elenco bonitinho, nada genial, mas que dá conta. Cenário e efeitos especiais já são bem fraquinhos, deixam muito a desejar, mas em compensação tem cenas lindas do fundo do mar e corais belíssimos. E o nosso tritão é um gato, ou seria melhor dizer um peixe-gato?Chai Romruen, 27 anos (na série ele ainda está high school), tailandês, tem até fandom no Brasil!


Existe uma grande mudança da 1ª para a 2ª temporada, não só saem 2 das 3 sereias, como além de entrar mais 2, uma humana vira sereia, entra também mais 1 tritão e mais para frente teremos uma 5ª sereia. Até mais aproximações do cardume. Não vou ficar aqui dando spoilers, basta saber que a série praticamente recomeça na 2ª temporada.

Além de Chai (Zac), atualmente no elenco para a 4ª temporada tem Amy Ruffle (Sirena), Gemma Forsyth (Evie), Kerith Atkinson (Rita, na 4ª temporada está viajando para o Havaí), Dominic Deutscher (Cam), Isabel Durant (Ondina), Allie Bertran (Mimmi), Alex Cubis (Eric), Linda Ngo (Werilan, que só aparece na 4ª temp).

 Se o que você procura é um programa que seja só uma diversão leve, um romance fofo, sem muita ação mas que dá para ver com toda a família, vale a pena dar uma espiada em Mako!

Beijo e até a próxima semana quando teremos uma semana especial falando sobre Jane Austen, e tem série também no meio!

RESENHA | QUEM É VOCÊ, ALASCA?

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Livro: Quem é você, Alasca?
Autor (a): John Green
Páginas: 228
Editora: Intrínseca
Classificação:     
SinopseMiles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez.


Eu não sei nada a respeito de quem é John Green, nunca li uma entrevista dele e muito menos uma biografia, mas depois de ler alguns de seus livros, sinto como se o conhecesse muito bem. Não é difícil de imaginar um John adolescente, bem parecido com Miles, bonito o suficiente para as garotas acharem fofo, mas não para ser popular, bom aluno, bom menino e com uma queda por garotas problemáticas. Posso até visualizar ele fantasiando com a garota mais bonita da escola, fantasiando que ela não era somente a garota fútil, vazia, líder de torcida, mas que escondia uma menina cheia de ideias e emoções. Sonhando com "Alascas" Young!

Mas John não tem uma visão muito feliz da adolescência, tem? Pelo contrário, e acho que é isso que o faz tão amado e querido dos jovens, ele fala da dor de crescer, de amadurecer, das dúvidas, dos medos, dos erros e dos fracassos. Numa sociedade que enaltece os vitoriosos e ridiculariza os "loosers", ele escreve sobre eles, e nos mostra o quão relativo é essa noção de vitória e felicidade.


Para vocês terem uma ideia, já está em pré-produção a versão cinematográfica da história, então em 2017 devemos ver "Quem é você, Alasca?" nos cinemas, provavelmente mais um enorme sucesso como "A culpa é das estrelas" e "Cidades de Papel".  Ainda não temos um elenco definido, apenas muitos boatos e pedidos de fãs, mas assim que soubermos mais divulgaremos na página do blog no Facebook. Fiquem de olho!

Continuando, neste livro, John nos traz um garoto cheio de desejo de viver, de sair da sua zona de conforto e tentar uma perspectiva nova, ele quer conhecer gente nova, ir a novos lugares e talvez ser outra pessoa. Ele vai para um colégio interno, misto (não só de meninos), um lugar onde ninguém o conheça e ele possa recomeçar. Lá ele faz amigos, se apaixona, tem sua primeira namorada, todos muito diferentes dele, mas iguais por estarem fora do lado popular e riquinho da escola. Muito cigarro, álcool e conflitos juvenis os cercam, e uma tragédia marca a história de suas vidas.


Quem é você, Alasca? Nos conta a história de um menino aprendendo a ser homem, a andar com as próprias pernas e a superar as dificuldades. Uma lição que diz para seguir em frente, sem nunca desistir, ou melhor, que não vale a pena desistir. Como eu disse, fica fácil entender porque John Green é verdadeiramente idolatrado pelos jovens, não? Em especial por aqueles que temem não conseguir vencer, que temem nunca conseguir sair do "labirinto do sofrimento". E as diversas edições do livro estão aí para ninguém duvidar do sucesso.


Então por que eu não dei 5 corações? Eu entendo que jovens tendem a achar que seus problemas são piores do que os dos outros, e não falo isso como crítica, já que muitos adultos também são assim. Mas a juventude não é só o momento difícil de auto afirmação, dúvida e sofrimento. É também a fase da alegria inconsequente, das brincadeiras, do riso fácil, das aventuras imaginárias, dos amigos para sempre, do amor para sempre. Não que os personagens de John não se divirtam, mas a vida desses jovens é mais tediosa que divertida, é mais angústia que prazer, mais mágoa que esperança. E quando digo mais, quero dizer muito mais!


Se você é um jovem alegre, este livro provavelmente te deixará deprimido, mas se você está para baixo, provavelmente ele vai te alavancar para um mundo de esperança. Então, eu diria que depende muito de quem você é e de como você se relaciona com o mundo para saber se você vai amar ou odiar John Green. Mas com certeza ele sabe escrever, então se você nunca leu o John, escolha algo e prepare-se para voltar as suas maiores frustrações de adolescência. Talvez nessa viagem você se reconheça ou alguns de seus antigos colegas, ou talvez não, mas algo vai ficar com você.

Beijão galera! Semana que vem tem especial Jane Austen, não percam! 

Semana Especial Jane Austen - Biografia e obra

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Ano que vem estaremos relembrando os 200 anos da morte de uma das maiores escritoras que já existiu, a inglesa Jane Austen. Não gosto de falar comemorando ou homenageando a morte de alguém, mas a questão é que haverão vários eventos para marcar a data! O Citacão Num Click sai na frente e começa desde agora, vamos homenagear esta escritora fantástica! Durante 1 semana estaremos publicando resenhas, filmografia (adaptações, inspirados e falando dela), biografia, curiosidades, quotes, falaremos da série do Youtube, The Lizzie Bennet Diaries, o lançamento este ano de Love & Friendship e tudo mais sobre o universo austeniano! Então fiquem de olho!

Para começar, vamos falar um pouco sobre quem foi esta mulher!


Jane Austen nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra. Filha do pároco anglicano George Austen e Cassandra Austen. Amante dos livros e do conhecimento, seu pai era também professor particular de alunos  que residiam em sua casa. Jane então cresceu em meio de estudantes, de livros e de debates, mas sua preferência sempre foram os romances. Ela lia romances de Fieldinge de Richardson, lia também Frances Burney. O título de Orgulho e Preconceito, por exemplo, foi retirado de uma frase dessa autora, no romance Cecilia.
Na casa de Jane eram ao todo oito irmãos, sendo que Jane era a sétima e só havia mais uma menina, também Cassandra como a mãe. Como as únicas filhas mulheres, elas cresceram amigas, Cassandra e Jane eram confidentes, e graças a essa união hoje se sabe muito sobre a vida e as fontes de inspiração, já que as irmãs trocaram uma série de cartas, que podemos encontrar no livro: My Dear Cassandra: the letters of Jane Austen, ou em português simplesmente As Cartas de Jane Austen.

"Eu teria perdoado a sua vaidade se ela não tivesse ferido a minha." 
Lizzie em Orgulho e Preconceito

Entre 1785 e 1786, Jane e Cassandra foram alunas de um internato em Reading, essa foi a única educação recebida fora casa. De resto toda a sua formação se baseava no aprendido em casa e na enorme biblioteca do pai. Ainda criança escrevia peças que encenavam para a família, e romances, paródias de livros, peças progressivamente mais interessantes e divertidas. Entre elas: Love& Friendship! Ainda não era o humor refinado de suas obras, mas já tinha aquela semente.


Jane começou a escrever romances mesmo já com seus 20 anos, entre 1795 e 1799 iniciou Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade), Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito) e Northanger Abbey (A Abadia de Northanger). Que a princípio se intitulavam Elinor and Marianne, First Impressions (Primeira Impressões), e Susan, respectivamente. 

George, o pai de Jane, se apaixonou pelos textos, em 1797, quis publicar Orgulho e Preconceito, mas o editor recusou. Acreditam? Uma das maiores obras da literatura mundial foi recusada. Se você sonha em ser escritor, nunca se esqueça disso! Não desista!

"Quando a mente não está desejosa de convencer-se, sempre encontra 
algo para suportar suas dúvidas."
Elinor em Razão e Sensibilidade

Ninguém sabe ao certo se Jane teve algum grande amor, não há provas! Mas, existe a fofoca de que Jane foi cortejada por um jovem de nome Thomas Lefroy (parente irlandês de uma amiga dela), aos 20 anos. Em janeiro do ano seguinte, 1796, ela escreveu para a irmã dizendo que tudo havia terminado, pois ele não podia casar por motivos econômicos. Pouco depois, uma tia de Lefroy tentou aproximar Jane do reverendo Samuel Blackall, mas ela não estava interessada. Dizem as más línguas que o seu livro Persuasion (Persuasão) é meio autobiográfico neste quesito, veremos isso na resenha!


Como fofoca e especulação não tem limite, também existem aqueles que acreditam que o mesmo livro nasceu de um flerte que ela teve na época que morou em Bath (cidade com fontes termais frequentada pela elite inglesa). O que dizem é que em 1800, seu pai decidiu mudar-se para Bath, e nessa época, a família costumava ir à costa todos os verões, e em uma dessas viagens, Jane teria conhecido um homem que se apaixonou por ela. Quando ela partiu, decidiram voltar a se ver, mas ele morreu. Se isso é verdade, não aparece em nenhuma de suas cartas, mas foi escrito muitos anos depois em uma de suas biografias.  Se for para votar, eu voto que a inspiração foi o Thomas! Rs

"Há pessoas que quanto mais você faz para eles, menos eles vão fazer por si mesmos."
Emma em Emma

Mas tem mais, em dezembro de 1802, Jane e Cassandra passavam uma temporada na casa da família Bigg, perto de Steventon, Harris Bigg-Wither pediu Jane em casamento, aos 27 anos, já considerada uma solteirona, ela aceitou, só que mudou de ideia no dia seguinte! Então ela foi com Cassandra para Bath. Nenhuma das 2 se casou! Cassandra foi noiva por alguns anos, mas o noivo era pobre e viajou para o Caribe para tentar juntar dinheiro e acabou morrendo de febre amarela.



Jane Austen só conseguiu vender seu primeiro romance em 1803, Northanger Abbey (então intitulado Susan), mesmo assim, só foi publicado 14 anos depois.

"A pessoa, seja homem ou mulher, que não tem prazer em um 
bom romance, deve ser intoleravelmente estúpida."
Catherine em A abadia de Northanger

Em janeiro de 1805, morreu seu pai, deixando a esposa e as filhas em situação economicamente precária, e elas passaram a depender de seus irmãos e da pequena quantia que Cassandra herdara de seu prometido.



Só em 1809 quando se mudaram para Chawton, Jane voltou a escrever revisando Sense and Sensibility, e finalmente em 1810 ou 1811, a obra foi aceita pelo editor, mas cheio de ressalvas! Ela assumiria os riscos e a publicado seria anônima. Contudo teve algumas críticas favoráveis, e se sabe que os lucros para Jane foram de 140 libras esterlinas. Uma quantia razoável para época, mas que não garantia o sustento de ninguém. Mesmo assim Jane ficou animada e começou a trabalhar para a publicação de Pride and Prejudice, que aconteceu em janeiro de 1813, também como anônima.

Enquanto isso, Jane começou a trabalhar em Mansfield Park, seu nome começou a ficar conhecido através do boca a boca, e os 2 livros tiveram de ser reeditados. Então em 1814, quando Mansfield Park ficou pronto, foram vendidos todos os exemplares em seis meses (um fenômeno para época), e Austen começou a trabalhar em Emma.


Dizem que o príncipe Regente, George III, ao descobrir que  Jane Austen era a autora de Pride and Prejudice e Sense and Sensibility, pediu a um de seus irmãos que solicitasse a ela que o seu próximo romance fosse dedicado a ele! Por isso Emma foi dedicada ao príncipe Regente.

Jane começou Persuasion em agosto de 1815, mas um ano depois começou a adoecer. Abandonou a obra sem revisão por seu estado de saúde e acabou falecendo em 18 de julho de 1817, aos 41 anos.

Suas últimas palavras foram: "Não quero nada mais que a morte”.


Mas ele a admira muitíssimo, é claro. Não consegue pensar em nada a 
não ser nos livros que você lhe recomendou, e deseja falar-lhe sobre eles.
Charles em Persuasão

Seus romances Persuasion e Northanger Abbey foram preparados para publicação por Henry Austen, seu irmão, e foram publicadas em 1817, seu nome não consta, mas é citado “mesma autora das outras obras”.

Jane Austen foi genial ao usar de humor e ironia para retratar sua sociedade. Ela evitou o conflito, mas ao mesmo tempo contribuiu para a emancipação da mulher. Ela ensinou as mulheres de sua época, algo que muitas ainda não aprenderam hoje em dia: se dar valor, se respeitar! Uma influência inegável de sua família que promovia a aprendizagem e o amor aos livros, uma admiração clara pelo pai que reflete em seus heróis, uma opinião dura sobre o casamento. E ela desenvolveu um conjunto de obras de extrema importância literária e social.

Esse desejo de compor textos representando neles os valores familiares que ela achava mais importantes, deixou claro a relevância da educação familiar, que ela valorizava acima de qualquer escola, ou tutor! Outra lição importante para os nossos dias, não deixe na mão da escola dar valores e educação a seus filhos! O que ela dizia ser mais significativo era o exemplo que as pessoas tinham em casa!

Nada vale mais num ser humano, homem ou mulher que seu caráter, então, em toda a sua obra, há um destaque especial em relação à figura feminina, e ao tratamento que é dado a esta, condenando o protótipo da mulher ideal da época e valorizando a mulher de caráter firme e dona de sua vontade!

Tudo isso sem perder a ternura...

Além de inteligentes, suas obras são engraçadas e românticas o que as tornam muito agradáveis de ler. Passeessa semana com a gente e desvende este mundo maravilhoso, tenho certeza que você vai encontrar um lugar onde ser encaixar e por onde começar a desvendar.

Seja bem vindo à Semana Especial Jane Austen!

Beijo!




Semana Especial Jane Austen | Resenha - Razão e Sensibilidade

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LivroRazão e Sensibilidade 
Autor (a): Jane Austen
Páginas: 334
Editora: diversas
Classificação:     



“..that sanguine expectation of happiness which is happiness itself” 

Estarei resenhando aqui um dos meus livros favoritos! O primeiro livro dela que eu li, ainda quando era praticamente uma criança, 12 aninhos (depois reli, claro!) e que me marcou pela vida inteira: Sense and Sensibility ou Razão e Sensibilidade! Me marcou principalmente por causa dessa frase aí encima, sobre felicidade ser aquele estado de quando acreditamos que seremos felizes no futuro. O segredo da felicidade é manter a chama acessa da esperança e foi Jane que me ensinou isso.

O Livro começa nos mostrando a triste realidade da mulher no início do Séc XIX, uma mulher de boa família, viúva com 3 filhas solteiras não tinha direito a nada da herança do seu marido. O único herdeiro era o primogênito, filho de um primeiro casamento dele, o sustento delas cabia exclusivamente a generosidade desse irmão que poderia ou não lhes conceder uma renda, cujo valor também dependia só de sua boa vontade.


 Uma sociedade que via mulheres que trabalhavam fora para seu sustento como desonradas, mas que não garantia nenhuma forma de sobrevivência que não passasse pela ajuda de um homem, fosse pai, irmão ou marido é o fundo de todas as obras de Jane Austen, é uma referência recorrente da qual Sense and Sensibility não foge. Jane não fala em tom planfetário, mas deixa clara sua oposição a uma sociedade que dava tão poucas garantias a uma mulher. Jane Austen foi muito criticada por feministas que enxergavam em sua obra somente romances água com açúcar onde um homem acaba sendo responsável por “salvar” a mulher. Mas é nas entrelinhas que vemos a força de suas denúncias, da sua sensibilidade e sua defesa das mulheres.

As srtas. Dashwood eram jovens, bonitas e despretensiosas. Isto bastava para 
garantir a sua simpatia, pois ser despretensiosa era tudo que uma jovem bonita 
podia desejar para que seu espírito fosse tão cativante quanto sua Pessoa. 
Seu caráter bondoso sentia-se feliz em acomodar aquelas cuja situação
podia ser considerada ingrata, se comparada ao passado.
Sobre Sir John ao receber as primas em Barton

Com a morte do pai, o irmão sovina (também manipulado por uma cunhada sem qualquer consideração por elas e muito egoísta) e ainda solteiras, restava a elas viver modestamente e depender da generosidade de outros. Bem que o Sr. Dashwood quis assegurar o futuro de suas filhas, mas não lhe foi possível, só restava confiar que seu filho cumpriria a palavra de cuidar do futuro das irmãs. Mas a distância, não foi difícil para ele começar a pensar que elas precisavam de bem pouco para viver, passar alguma necessidade, talvez até lhes fizesse bem ao caráter. Nossas heroínas aqui se veem empobrecer, seus sonhos serem destruídos, passarem de bons partidos a meras jovens sem pai e sem dote, veem sua mãe adoecer e tentam contra todas as adversidades manter a dignidade.
Elinor é nossa heroína principal, ela está no limite da idade onde os casamentos eram fáceis de serem arrumados, 19 anos, fã de leituras, inteligente, sensível, perspicaz e de personalidade forte, ela sempre assustava os homens de sua época, que procuravam belas, jovens e cordatas esposas. Depois da viuvez, a perda do padrão de vida e a mudança de endereço, sua mãe havia se perdido, temia por sua velhice e o que seria delas se suas filhas não casassem. Então tenta desesperadamente casar suas filhas, mas Elinor não é do tipo que aceitaria uma união com alguém que não a respeitasse e a quem ela não pudesse respeitar, mesmo que seu sustento dependesse disso.

É nesse clima que Elinor conhece Edward, um homem sensível e respeitador por quem se apaixona e que também se apaixona por ela, mas ele está preso a um compromisso de casamento, um noivado assumido a muitos anos que em nada representa os seus sentimentos, mas do qual não pode escapar, pois deu sua palavra. Seria fácil para ele largar tudo e ser feliz com a mulher amada, mas não seria correto, e nem ele e nem Elinor fariam algo menos que o correto.


É também em meio a isso que a segunda filha, Marianne também se apaixona. Mas diferente de Elinor, apesar de inteligente e íntegra, Marianne é uma sonhadora romântica, também não pretende aceitar um casamento de conveniência, sonha com um grande amor e acha que o encontra em Willoughby, um jovem, belo, galante cavaleiro de boa família mas sem muitas posses. Infelizmente a sua beleza não reflete seu caráter como ficamos sabendo ao longo do livro para infelicidade de Marianne.

  Era evidente que estava infeliz. Ela queria também que ele a distinguisse
 ainda com o mesmo afeto que certamente lhe inspirara no passado;mas agora
 a continuidade de sua predileção parecia muito incerta, e a reserva de suas
 maneiras para com ela contradiziam num momento o que um olhar mais
 vivo havia insinuado no momento anterior.
Elinor sobre Edward

 Firmeza de caráter é o ponto chave para entender a obra de Jane Austen, não importa o quão difícil seja a vida, um ser humano, rico ou pobre, homem ou mulher se mede pela força de seu caráter, todos seus protagonistas são pessoas de caráter ilibado. A beleza é vista como um perigo, pois permite que as pessoas tenham certas facilidades, atrai o interesse de pessoas que se importam apenas com aparências e se elas não tiverem um bom caráter, podem facilmente se vender, sendo seduzidas pelo dinheiro, conforto, luxo ou poder.


Em Razão e Sensibilidade, também traduzido como Razão e Sentimento são 2 histórias de amor onde os bons são recompensados, não vale a pena ler só porque é uma grande escritora, vale a pena ler porque os personagens são apaixonantes em suas simplicidades e em sua pureza de sentimentos. São 2 histórias lindas! É bem verdade que os maus nem sempre pagam como deveriam, assim como na vida real isso acontece na obra, mas o pior castigo deles é que nunca terão a felicidade plena como nossos heróis.

Amo Jane Austen! Se você ainda não leu uma obra dessa magnífica escritora, dê uma chance! Não é uma leitura fácil devida a diferença de vocabulário, mas é leve e apaixonante. 

Beijo e até de tarde! Sim, como Jane Austen dá muito assunto, separamos 2 resenhas para postar hoje!! De tarde voltamos com Persuasão!


Semana Especial Jane Austen - Resenha | Persuasão

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Livro: Persuasão
Autor (a): Jane Austen
Páginas: 297
Editora: Várias
Classificação:

"Forçada a ser prudente quando jovem, ela havia aprendido a ser romântica ao envelhecer: a sucessão natural de um início natural"

Olá pessoal, escolhi Persuasão para resenhar por se tratar da última obra escrita por Jane, e portanto a que a pega mais madura, como mulher e escritora. Persuasão nos traz a história de Anne Elliot, que ainda na juventude se apaixonou por um jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não aprovava este compromisso porque ele não tinha posses, e o pai de Anne (Sir Walter Elliot) era extremamente vaidoso e incapaz de aceitar que sua filha fizesse um casamento menos prestigioso, assim  uma amiga da família (Lady Russel) tratou de acabar convencendo Anne que se ela esperasse, logo conheceria alguém melhor e por quem se apaixonaria ainda mais. Alguém que fosse a sua altura!  


Mas como a frivolidade e a ganância nunca são recompensadas na obra de Jane Austen, anos se passam sem que Anne encontre ninguém que ela pudesse amar, ela nunca conseguiu esquecer Wentworth e acabou ficando solteirona (como a própria Jane). Por obra do destino, após muitos anos, Anne reencontra Frederick, pois ele está cortejando sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove. Anne terá de assistir "de camarote" o amor de sua vida jogando todo seu charme e galanteios para sua amiga! Nem tão boa amiga!

"Não poderia ter havido um par de corações tão aberto, nem gostos tão 
similares, sentimentos tão harmoniosos, comportamentos tão amados. 
Agora eles eram como dois estranhos; não; pior do que estranhos pois nunca
 poderiam vir a se reconhecer. Viviam um afastamento perpétuo."

Mas claro, Frederick também não a esqueceu, e reencontrá-la assim de repente irá reascender a chama da paixão! Um toque de mão, um apoio durante um passeio no jardim, um ajudar a subir na carruagem serão suficiente para aquecer o fogo dessa paixão. Mas e agora?

Como se já não bastassem tamanhos empecilhos, Frederick irá bater de frente com Lady Russel, quem ele responsabiliza pelo fim de seu namoro com Anne, e esta, por vaidade e arrogância, não poupará esforços e artifícios para atrapalhar o casal.


É uma linda história de amor entre pessoas maduras, que já sofreram muito e que também já se magoaram muito. Uma trama bem elaborada e instigante, onde Jane nos mostra quanta infelicidade podemos ter ao nos prendermos as convenções da sociedade ao invés do nosso coração.

"Seus sentimentos em relação a um primeiro e sólido vínculo afetivo; frases 
iniciadas que ele não conseguia terminar, seus olhares meio esquivos 
e sua expressão mais do que um pouco significativa, tudo, tudo afirmava 
que seu coração no mínimo estava voltando a considerá-la, que a raiva, 
o ressentimento, o desejo de evitá-la haviam desaparecido, e que 
tinham sido sucedidos não somente por amizade e apreço, mas pela 
mesma ternura do passado."

A mesma narrativa irônica de  seus outros livros, aqui ainda mais ácida. Neste último trabalho a ser escrito por Jane Austen, ela não só exalta as pessoas de caráter reto e denúncia as dificuldades da vida feminina, como também elogia o homem de iniciativa, através do personagem do capitão Frederick Wentworth que partiu de uma origem pobre e que alcançou influência e status por seus méritos e não através de herança. Ao detrimento de seu próprio pai, que nunca teve de fazer nenhum esforço e não fez outra coisa a não ser endividar-se.



Curiosamente este livro foi publicado junto com um de seus primeiros trabalhos, A Abadia de Northanger, postos lado a lado é incrível perceber como a semente que começava a germinar em um, cresceu e floresceu no outro. No entanto, enquanto escrevia Persuasão, Jane adoeceu, concluiu a obra, mas não chegou a fazer uma revisão, e meses depois faleceu.

"Ela o havia maltratado, abandonado e decepcionado. Pior ainda: ao 
fazê-lo havia demonstrado uma fraqueza de caráter que o temperamento 
decidido e confiante dele não podia suportar. Havia desistido dele para agradar aos outros. Havia cedido aos efeitos de uma persuasão excessiva. 
Havia sido fraca e acanhada." 

O que eu posso dizer sobre esse livro é que eu amo! Amo cada linha furiosa de Anne contida nele, amo cada troca de olhar, amo principalmente o final! Quem não leu, leia!!!

Amanhã tem mais Semana Especial Jane Austen! Não deixem
de conferir ! Beijo!

Semana Especial Jane Austen - Filmografia

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Por favor me entendam, eu não sou louca de tentar lembrar todos os filmes para cinema, TV e internet que se baseiam nas obras ou na vida de Jane Austen! Não há ajuda de Mr. Google que dê conta! Esta é só uma tentativa de relembrar dos mais conhecidos, ou os meus preferidos se você preferir assim! rs

Mas se você sentir falta de algum, não deixe de mencionar nos comentários!

Pois bem, provavelmente só Shakespeare foi mais adaptado que ela. Temos tantas adaptações de suas obras e tantas referências a elas que chegaria a dar para fazer uma tese de mestrado, só falando sobre elas, como foram feitas, porque, seus roteiristas, elenco, produção. Então vamos esquecer as pequenas homenagens, como a que o personagem de Hugh Grant faz ao mandar Julia Roberts filmar um texto de qualidade como Jane Austen ou Henry James, em Um Lugar Chamado Nothing Hill. Ou o fato de Meg Ryan dizer que seu livro favorito é Orgulho e Preconceito, em Mensagem Para Você. Vamos só de coisa grande!

Listei algumas obras que vi na imagem abaixo, mas só vou poder falar de algumas delas, mas eu se fosse você não deixaria de assistir nenhuma!
Amplie a imagem para ver mais filmes do universo de Jane Austen

Ninguém produziu tantas adaptações da obra quanto a BBC de Londres, cada um dos livros tem várias, foi graças a uma delas que eu me interessei em ler Jane Austen, quando vi Orgulho e Preconceito de 1980. Mas a minha adaptação preferida é a de 1995, com Collin Firth no papel de Mr. Darcy.

Além das interpretações magníficas, fotografia, figurino, cenário, produção perfeitos, é a adaptação mais completa, reproduzindo com quase perfeita exatidão o livro! É genial! Ironia, graça e paixão no equilíbrio certo! Fora que, acho que nem a Jane duvidaria que Collin está o próprio Mr. Darcy!

 Mas se você é mais jovem, talvez você prefira algo mais romântico, como esta outra aqui!


Já que estamos falando de Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito), a versão hollywoodiana de 2005 é a mais conhecida! Ela trás um Mr. Darcy mais romântico e passional e uma Elinor mais autosuficiente, mas ainda assim é uma adaptação belíssima!


Os Diários de Bridget Jones não chegam a ser uma adaptação, a não ser pelo fato que Mark Darcy, é na verdade o Mr. Darcy moderno! A autora nega, mas dizem que Bridget é meio autobiográfico, tanto que quando a autora, Helen Fielding, se separou e passou a namorar um cara mais jovem, Bridget fez o mesmo! rs Mas, segundo ela, foi coincidência. O que temos certeza é que a autora é fã de Austen, fã da adaptação de 1995 (mencionada no livro), fã de Collin Firth e que nos brindou com um Darcy maravilhoso!


Clueless! Essa é uma adaptação de Emma, com certeza a mais fofa e engraçada, e mesmo sendo trazida para os nossos dias, é muito fiel ao texto. A mesma Emma desinteressada em casamento, porque considera que só a necessidade pode fazer uma mulher querer se submeter a vontade masculina, mas que ao mesmo tempo tenta unir todos os casais que lhe cercam, para ajudar as amigas de menor fortuna. Boa, gentil, caridosa, corajosa: Emma! Ou devo dizer Cher? E deve vir por aí Clueless 2!

Outra que eu amo é Persuasão de 1995, também da BBC, mas em formato de filme e não minissérie! Não vou negar que o Capitão Wentworth de 2007 é muito mais bonito, mas, apesar de ser mais simples, a produção de 1995 é muito mais cuidadosa com detalhes e com o texto, além de termos a interpretação de Ciarán Hinds.

Como não amar este filme? 5 mulheres e um jovem combinam de se encontrar 1 vez por semana para discutir as obras de Jane! Cada um pega um livro para apresentar e a partir daí, durante essas 6 semanas, enquanto debatem os livros, vão sendo influenciados por eles e também ajudados, ao mesmo tempo que nos mostram o quão atual é a autora. Tudo de uma forma sensível e apaixonante!


Esta comédia é uma declaração de amor a Jane Austen, nossa protagonista, Jane, é uma fã incondicional da escritora, que já leu seus romances diversas vezes e até decorou as falas (não vou nem falar que nessa parte me identifiquei), mas ela não consegue encontrar o verdadeiro amor, pois ninguém parece encaixar no papel do seu Mr. Darcy. Então ela decide pagar para participar de uma aventura em Austenland, um lugar onde as pessoas se vestem, falam e agem como os personagens dos livros. Ela escolhe o pacote básico, então atuará como plebeia na encenação, que é uma experiência de imersão! Mas quem diria que seu plano daria certo e ela realmente se apaixonaria, só que não do jeito que ela esperava! Este filme é difícil de achar para ver, mas vale muito a pena, simplesmente delicioso, engraçado, romântico e repleto de referências.


Sabe aquela velha fantasia que a gente tem de entrar dentro do livro? Pois é exatamente isso que acontece em Lost in Austen! Amanda, uma profunda fã de Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito), é surpreendida do banheiro de casa por nada menos que Elizabeth Bennet, que acaba de atravessar um portal mágico e sair do livro. As 2 acabam mudando de lugar e Amanda vai viver com a família Bennet no momento em que começaria a história do livro. Relutante em fazer as vezes de Lizzie, Amanda tenta preservar a história, mas interfere nela totalmente criando uma enorme confusão. Esta é uma minissérie da ITV em 4 episódios muito divertida, que faz a gente repensar os personagens e enxergá-los por uma nova ótica. Super recomendo!

Estes são só uns poucos filmes dos muitos que eu poderia falar, dos muitos que eu amo, se liguem nas opções disponíveis, façam a pipoca e divirtam-se!

Amanhã tem mais especial Jane Austen! Beijo!




Semana Especial Jane Austen - Personagem : Mr Darcy

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Darcy era mais vivo. Era simultaneamente altivo, reservado e difícil de contentar, 
e seus modos, apesar de bem-educados, não atraiam. Neste ponto, o amigo levava vantagem. Bingley, onde quer que aparecesse, tinha a certeza de agradar, 
enquanto Darcy estava continuamente ofendendo as pessoas.

Fitzwilliam Darcy, nobre, altivo e rico proprietário de Pemberley, aquariano, elegante, de temperamento forte, palavras rápidas e certeiras, dono um caráter imaculado, honrado, e ações para cavalheiro nenhum colocar defeito, muito reservado com estranhos, de olhar penetrante, observador e atualmente curtindo seus 203 aninhos de idade é a definição de um homem inesquecível! 

Nunca houve e nem nunca vai haver um homem como Mr Darcy, e a cada edição ou adaptação de Orgulho e Preconceito ele vai ganhar uma nova legião de fãs apaixonadas! Este é o homem que você quis conhecer a sua vida inteira! Ele pode não ser o sonho de toda mulher, mas com certeza é de todas as inteligentes e com autoestima!


É razoável, mas não suficientemente bonita para tentar-me. No momento, não me sinto disposto a consolar as jovens desprezadas por outros homens. (Darcy sobre Elizabeth Bennet, Capítulo III)

Não é uma questão de posição social, ou de fortuna, Darcy conquista pela firmeza de personalidade e caráter. Ele não quer agradar, ele não quer se passar por bonzinho, ele não liga para o falem dele, não dá a mínima para as convenções sociais, ele faz o que gosta e com quem gosta, porque está com vontade. E ele sempre é sincero em seus comentários. Ele não gosta quando insistem para que ele seja sociável, em parte por ser muito recatado para se aproximar de quem lhe parece interessante, e por outro lado por não ter nenhuma paciência para fingir interesse por quem não lhe interessa.


Sim, ele é esnobe e preconceituoso, mas como não ser?

As pessoas se aproximavam dele por interesse em sua influência e fortuna, quer fosse fingindo amizade ou mesmo para lhe empurrar suas filhas solteiras. Oras! Um solteiro rico e de boa reputação? Que mãe não quer apresentar a sua filha? E que mulher pode resistir aquele olhar provocativo?

Mas ele deixa claro que não tem qualquer interesse em se casar com qualquer moça que seja simplesmente bonita ou de família, para ficar com ele, a mulher tem de ser culta, ter postura, ser decidida, saber falar e debater diversos assuntos, ou seja, uma mulher rara em seu tempo.  A própria Lizzie diz a ele que o que ele pede é impossível! Nenhuma mulher é capaz de tantos talentos. Então, vamos o perdoar por não querer conhecer essas jovens casadoiras dos bailes, as quais já sabemos seria só perda de tempo.

E quando esse homem cheio de exigências diz que é você essa mulher? Como não amar um homem que não liga para o tamanho dos seus peitos ou da sua bunda, não liga para nada que não seja quem você é? Ele quer saber o que você pensa, o que você sente! Ele está além da aparências!

E quando ele se apaixona.. ai ai...

Eu com certeza não sou a única que ele seduziu! Vocês sabiam que Mr Darcy é assunto e personagem de dezenas de livros? E quando eu digo dezenas, não é exagero!


Eu pensei que a poesia fosse o alimento do amor - disse Darcy. De um amor benigno, decidido, vigoroso, sim. Tudo alimenta o que já está forte. Mas, se for apenas uma ligeira inclinação, acredito que um bom soneto seja capaz de deixá-la morrer à míngua. (Lizzie respondendo Darcy)


E livros não são só o que ele vende, objetos como chupetas, bodies de bebê, canecas, camisetas, bonecos, capa de celular, cadernos, decoração, filmes, muitos filmes como vimos na filmografia! Alguém me dá de presente uma caneca, e uma camiseta, também quero a almofada!! Me dá tudo!

Mas como eu disse, quando ele ama, é um outro nível de amor, ele se esforça, se dedica, se expõe, se entrega e abre mão de todo orgulho!

Você tem de me permitir lhe dizer o quão ardentemente e eu admiro e amo você.

Você enfeitiçou o meu corpo e a minha alma e eu amo, eu amo, eu amo você


Darcy não é só o cara que ama a mulher pelo que ela é, ele é o cara que admite seus erros, que pede desculpas, e que não tira benefício de uma situação difícil pela qual passa a família de sua amada, pelo contrário, ele a ajuda anonimamente. Ele é perfeito!

E ele ainda é LINDO!



Se você ainda assim não se apaixonou por ele, veja a opinião do melhor amigo dele:

Bingley tinha uma confiança inabalável nos sentimentos de Darcy e a 
mais elevada opinião por suas ideias. (Capítulo IV)

Se apaixonou? Não! Corre e leia o livro que você vai se apaixonar!



Agora acho que vou me deitar e sonhar um pouco com ele. E amanhã continua a Semana Especial Jane Austen! Não percam! Beijo!




Semana Especial Jane Austen - The Lizzie Bennet Diaries

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E quem diria que Jane Austen além de minissérie também viraria série? Na verdade, não uma série de TV qualquer, a menos que sua TV seja smart, uma série de internet! Pride and Prejudice ultrapassada? É que vocês não viram os mais de 20 milhões de visualizações da série!


A web serie é produzida por Hank Green (irmão do John) e Bernie Su, foi lançada em 2012, possui 120 episódios curtinhos de 4 a 10 minutos e é uma adaptação de Orgulho e Preconceito!! Seu sucesso foi tão extraordinário que outras produções para web surgiram como: Emma Approved, The Epic Adventures of Lydia Bennet, Welcome to Sanditon, Pemberley Digital, Collins & Collins e Maria of the Lu. 


Nesta versão a história se passa no nossos dias e é narrada em clima de vlog! Sim!! Lizzie Bennet é uma jovem que faz um diário virtual em formato de vlog! Nele ela narra os acontecimentos do livro, citando passagens e comentando os acontecimentos com uma linguagem informal e atual, como qualquer jovem inglês!

Além da Lizzie, todos os principais personagens aparecem, sempre temos as aparições de suas irmãs que invadem o quarto, sua melhor amiga, e até suas não tão amigas, fora os meninos. Temos também cenas tipo mini flashbacks, onde vemos os fatos acontecendo.

A história, para quem não sabe, é a de uma família que sem filhos homens, tem de se preparar para que após a morte de seu pai, perder tudo que possui e depender exclusivamente das filhas fazerem bons casamentos. Na série, onde esta lei já não existe mais, se torna uma questão de influência e respeito na sociedade, mas nenhuma das filhas se preocupa com isso, este é um interesse unicamente da mãe delas. 

Lizzie Bennet (Ashley Clements) é a filha do meio e a narradora, ela é uma pós-graduanda em comunicação de massa que decide contar a sua vida na internet. Ela começa falando de quem ela é, de sua família, das aspirações de sua mãe para que as filhas tenham um bom relacionamento, narra a chegada de Bing Lee (Christopher Sean) na vizinhança, o alvoroço que isso traz, a paixão da irmã mais velha. Jane (Laura Spencer) a primeira vista por Bing e claro de seu insuportável, esnobe, irritante e lindo melhor amigo: William Darcy (Daniel Gordh).


William é o rico herdeiro de uma empresa de entretenimento. Ele conhece Lizzie enquanto estava hospedado com o Bing e sua irmã Caroline (Jade Jessica Andres) em Netherfield. Além de ter o dom de irritá-la, Will não sai da sua cabeça, e ela fala nele constantemente em seu vlog, mas o público pode tratar de ter paciência, porque ele mesmo só aparece no episódio de número 60!


Na série, são apenas 3 irmãs (no livro são 5) e a terceira é Lydia (Mary Kate Wiles) que vem mais fogosa do que nunca!!! Cheia de armações e confusão!!

Atenção, a série está disponível de graça no Youtube, tem a versão com opção de legenda em português (não esqueça de clicar no ícone para habilitar a legenda) e como os episódios são pequenos passa incrivelmente rápido! Tem tudo haver para quem vive e adora este nosso mundo de internet, principalmente aqueles que não tem paciência para a leitura do texto original (não sintam vergonha, não é crime!).

Fica a dica de mais uma forma de você ingressar neste universo Jane Austen!!!! Afinal, não importa a sua idade ou gosto, sempre tem algo da Jane sob medida para você!

 Amanhã tem mais Jane Austen!!! Tchau!!

Semana Especial Jane Austen | Moral da História

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O que dizer sobre Jane Austen? O que dizer sobre seus livros? 

A Moral da História de hoje faz parte de uma semana particularmente especial para mim. Tanto eu quanto minha irmã gostamos da Jane (sim, somos íntimas) e achamos que nenhuma experiência de leitura é completa sem ela. Definir um livro para comentar também é uma tarefa complicada, então optei por abordá-a a partir do meu livro favorito: Orgulho e Preconceito

Como a ideia é falar sobre a moral da história, começo colocando o quanto esse romance é atual. Isso porque é visível a intenção da autora de abordar duas pessoas de classes diferentes diante de um sentimento que nem era tolerado, além de supor que a educação dos jovens, assim como o caráter, vinham dos acertos e erros dos pais e do que eles desejavam. Não que seja exatamente assim nos dias de hoje, mas não é difícil encontrar tais características.

No caso de Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, casal principal da trama, a trama se baseia nas conclusões precipitadas dela e na vaidade e orgulho dele. É a partir daí que os dois se conhecem e é por isso que se apaixonam. Na verdade, nenhum deles espera encontrar alguém cujos costumes e família tenham bases diferentes e isso norteia uma série de recuos, mas o desejo por algo esperado se torna secundário diante do novo. Na época da narrativa, por exemplo, tocar as mãos de uma moça sem nem conhecê-la era um erro. No entanto, Mr. Darcy ajuda Elizabeth a subir em uma carruagem, finalmente dando a entender seus sentimentos.

A obra de Jane é detalhada, há um pano de fundo bem construído e a sensação é de que participamos da história. Ela ainda traz as futilidades de uma mãe que só pensa em casar as filhas, a predileção de um pai por suas mais velhas, a falta de lealdade entre dois amigos, um acordo que salvaria a vida financeira da família e uma filha apresentada como a mais bonita e preparada de todas, literalmente. Tudo isso amarradinho, fazendo sentido. Quando leio Orgulho e Preconceito, ou mesmo assisto (que fique claro, a versão com a Keira Knightly), fica claro o quanto não mudamos ao longo do tempo. Afinal, certos romances só mudaram de década.


E aí, o que vocês acham? Quem já leu alguma obra da Jane?
Me contem!


Semana Especial Jane Austen - Lady Susan e Love &Friendship

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Sobre o filme
Título: Amor & Amizade
Data de lançamento (Brasil): 27 de outubro de 2016
Duração: 1h 32min
Direção: Whit Stillman
Elenco: Kate Beckinsale, Chloë Sevigny, Morfydd Clark, Xavier Samuel, Emma Greenwell
Gênero: Comédia
Nacionalidade: Reino unido
Roteiro: Whit Stillman

Sobre o livro
Livro:
Lady Susan
Autor (a): Jane Austen
Páginas: 73
Editora: várias
Classificação:♥ ♥ ♥ ♥ ♥


Chegamos ao fim da Semana Especial Jane Austen! Para mim que sou fã de carteirinha dela, foi incrível pesquisar mais e escrever sobre ela. Escolhi para terminar a semana um post relacionado ao que virá dela ainda! Claro, que virá muito mais, mas vamos os próximo lançamento! Como já contei na biografia, Jane Austen começou a escrever muito cedo, ainda criança escrevia pequenas peças para entretenimento da família, na adolescência ela escreveu algumas muito boas, entre elas esta: Lady Susan ou Love & Friendship.

E eu vou dizer a vocês,Lady Susan é o cão! Para não falar nenhum palavrão! Eita mulherzinha!

Primeiro deixa eu contar para vocês , é um texto diferente, são cartas que narram a história de  Susan Vernon e daqueles que a cercam. Como se eles estivessem trocando mensagens no Whatsapp sobre os acontecimentos e conversando sobre o assunto, cada um dá sua versão e temos até o que poderíamos chamar de print! O leitor vai lendo a mensagem de um para outro e depois para outro, e se metendo no meio da fofoca! É o escrito de uma Jane Austen adolescente, totalmente sem filtro, sem papas na língua, criticando a sociedade e fazendo escárnio da hipocrisia sem pena! Então espere por uma Jane muito mais direta e uma Susan diabólica!

Lady Susan é uma jovem senhora que acabou de ficar viúva. Amante de uma vida confortável a qual não tem como bancar, e nada disposta a passar o resto da vida chorando pelo falecido (na verdade ela não chora nem um pouquinho), ela se envolve com um homem casado e rapidamente vê sua reputação desmoronar, então se retira para o interior onde fica hospedada na casa de seu cunhado. Só que sua concunhada a odeia, percebe quem ela é de verdade logo de princípio, e tenta a todo custo frustrar os planos ardilosos de Susan!

Mas não é só isso, antes de ir para a casa do irmão, não contente em tentar desfazer um casamento, Susan vê no jovem pretendente da irmã de seu amante um perfeito partido para casar com sua filha, e não pensa 2 vezes antes de flertar com ele, a fim de seduzi-lo, dando a entender que se este casar com a sua filha, poderão estar "próximos"!

Ignorando os planos de sua mãe de garantir a fortuna da família a casando com um jovem milionário, sua filha não pretende colaborar, muito pelo contrário, se apavora com a ideia do casamento forçado. Susan, que não demonstra qualquer carinho pela filha, no entanto, não tem o menor pudor em fazer da sua vida um enorme sacrifício para que ela comece a achar que se casar com quer que seja, uma opção melhor que continuar presa a vida que a mãe lhe dá.

Lady Susan não é a mocinha típica de Jane, ela é uma vilã como podemos notar, e ainda assim é a protagonista, o que dá uma ótica totalmente diferente de todas as obras de Jane, ela é fria, manipuladora, falsa, totalmente dissimulada, egoísta, mas é engraçadíssima em sua autoanálise. Você vai odiá-la, querer fazer picadinho dela, mas também vai amá-la um pouco e no final... rsrs

Já a filha, Frederica é uma jovem de 16 anos, tímida, relegada pela mãe, criada por empregados, sem qualquer esmero na formação, no entanto amante da leitura. Sua mãe a envia para um internato chic, só para se livrar dela. Mas apesar dos maus modos, ela é delicada, em nada se parece com a sua mãe. Ela foge da escola e também acaba indo parar na casa do tio criando situações bem inusitadas.


Já a concunhada, Catherine, é um doce de mulher, sensata, correta, apaixonada pelo marido e por sua família, digna e honrada, inteligente e perspicaz, mas incapaz de usar de meios escusos para derrotar Susan! E ela vai enlouquecer, pois enquanto a estada de Susan, seu irmão Reginald vai a visitar, e também acaba seduzido por ela.

É um livro tão curto, que com certeza vale a pena ser lido! E esta é a primeira adaptação de Lady Susan para o cinema, e foi muito bem recebida pela crítica nos EUA e Reino Unido.

Quando viva, Jane não tentou publicar esta história, acredita-se que foi por medo de represálias, então ela só foi publicada por seu sobrinho em 1871. Haviam suspeitas sobre a sua autoria, mesmo se reconhecendo o estilo, se achava que poderia ser uma obra inacabada e terminada por outra pessoa, mas hoje em dia sabe-se que o manuscrito realmente é de Jane Austen!

Um texto sem indiretas, Jane expõe os pensamentos de Susan sem piedade ou meias palavras, um escândalo para época, em parte, um escândalo hoje em dia. Um texto cheio de sarcasmo, ácido e crítico como só os jovens conseguem ser!

Assim encerramos a Semana Especial Jane Austen, espero que nestes 7 dias, tenha dado para conhecer uma pouco melhor essa mulher fantástica, entender seu jeito de pensar, saber um pouco sobre sua obra, e sobre o universo que cerca os seus fãs! Não importa se você é um leitor, ou se apenas assistiu alguma adaptação, ou se só ouviu alguém falar e ficou curioso, o que espero é ter demonstrado a importância até os dias de hoje e o quão atual ela é!

Aguardo ansiosamente o lançamento do filme sobre Lady Susan!

Beijo e até amanhã com a programação normal do blog!

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